Visita afetiva à Aldeia dos Amiais

Visita Afetiva à aldeia dos Amiais | Couto de Esteves
19 maio | 14h00- 15h30
Por Leonor Barata, Projecto D.

As dinâmicas emergentes da actividade turística mostram que os visitantes/ turistas já não pretendem nas suas viagens ou passeios apenas visitar os locais, mas sim experienciar esses mesmos locais de forma sensitiva. É portanto necessário acrescentar à tradicional visita, novas camadas interpretativas que possam remeter para outras questões e que, nesse sentido sejam construtores de novas memórias. Tarefa que se assume de enorme importância uma vez que permite o revisitar de espaços e de os incluir permanente e activamente na memória colectiva
O objectivo portanto é a promoção de uma visão diferente sobre o património que cruza a tradicional informação histórica com as pequenas histórias que o constroem, uma vez que os espaços são sobretudo de quem os habita. E que esse habitar contante deixa uma série de acções e vivências que deixam reminiscências.
Esta nova visita pode e deve usar para exploração artística os conteúdos imateriais que são património do município em questão. Utilizar na sua construção o património literário e musical bem como a etnografia e gastronomia local.

Ninguém conhece tão bem um local como os seus habitantes.
Ninguém conhece tão bem uma aldeia como aqueles que nela vivem e sabem de cor (porque vêm com o coração) os atalhos e mapas, a história do que foi, as estradas que entopem com o trânsito ao fim da tarde, a pastelaria onde se deve lanchar.
A nossa aldeia será sempre nossa. E da mesma maneira que nós lhe pertencemos, porque está em nós, nós respiramos e existimos em cada rua ou jardim escondido.
As aldeias têm os seus cartões-de-visita, os seus pontos de interesse, o seu património que vai sendo visitado por turistas, visitantes e curiosos. Este património, edificado ou não, é quotidianamente revisitado e reinventado acolhendo em si várias propostas de acção e de visita.  
Esta proposta ao invés de promover uma visita guiada pelos locais conhecidos e pelo património já classificado e divulgado propõe uma visita através do olhar do individuo. Não a grande história mas as pequenas histórias que fazem também aquela. Percorrer/ Encontrar lugares marcantes, importantes e de interesse para determinada pessoa ou grupos de pessoas e com diversas razões/ Justificações: o parque onde se brincava em criança, o jardim onde se namorava às escondidas, etc., etc.
Aldeias inteiras com os seus códigos, movimentos e rituais próprios que por vezes escapam ao visitante ocasional.
Assim, veremos a aldeia da Ana, da Catarina, do Ricardo (que se apresentam como guias privilegiados pois ali vivem na maior parte do tempo), partilhando com eles uma narrativa individual onde a própria história da aldeia se mistura com a história de cada um de nós.

Gratuito
Mais informações e Inscrições em:
https://espacosdememorias.wordpress.com/programa/inscricoes