Cine-Teatro de Alcobaça, João D'Oliva Monteiro
Rua Afonso de Albuquerque - Alcobaça Ver website
Destilar a vida… Dois velhos sentados num banco de jardim…O tempo parece suspenso nas horas imóveis do parque, no outono esquecido da vida. Adivinham se as voltas do mundo na música que vem de longe, da infância ou do futuro, e que nos vai ensinando que “a beira do fim é tão preciosa como a beira do principio”. Aparentemente, tudo está parado numa peça sobre a fronteira em que a vida quase se despede de quem quase se despede da vida. Mas “Crise no Parque Eduardo VII” é teatro que subverte as aparências, mostrando como a vida se inventa em cada palavra e em cada gesto do entardecer. Dois velhos, sentados num banco de jardim…Poderiam ser o palhaço rico e o palhaço pobre, ou Arlequim e Pierrot, ou Vladimir e Estragon à espera de Godot... Mas, sem deixarem de ter um pouco de cada um destes pares de personagens, João Bernardo e Hugo, D. Quixote e Sancho Pança, nas suas tensões, na sua complementaridade, no seu jogo perante o mundo, nas contradições de que se faz o seu e o nosso carrocel da vida. É por isso que esta peça não é apenas uma comédia, nem é apenas uma tragédia, mas é uma comédia às costas da tragédia e, simultaneamente, uma tragédia vestida de comédia. É o riso cravado no drama do quotidiano. É o sonho encenado no realismo existência, o inconformismo que tropeça nas rasteiras da idade, o humor que rasga, com a sua ternura, as certezas cinzentas do dia-a- dia de quem aparece condenado a esperar que o dia anoiteça. “Crise no Parque Eduardo VII”, mais do que uma peça sobre o entardecer da vida, é um hino à capacidade de a inventar no palco dos nossos sonhos e nos bastidores das nossas fraquezas. Como se as notas soltas de um piano se transformassem destiladamente no realejo de um carrocel em que o dia recomeça… Baseado em I’M NOT RAPPAPORT de Herb Gardner M/14 anos Tradução – João Paulo Moreira Adaptação, Versão Cénica e Encenação - João Mota Interpretação: Carlos Paulo, Igor Sampaio, Hugo Franco, Maria Ana Filipe, Miguel Sermão, Gonçalo Botelho, Elsa Galvão Cenografia – João Mota e Renato Godinho Desenho de Luz – Paulo Graça Figurinos – Carlos Paulo Fotografia e Imagem – Bruno Simão Design Gráfico – R2 Spot Publicitário e Vídeo – Eduardo Breda Operação de Luz e Som – Rogério Vale Técnicos de Montagem – Renato Godinho, Assunção Dias, Rogério Vale e Timóteo Cadão Apoio ao Guarda- Roupa – Assunção Dias Frente Sala/Bilheteira: Carolina Silva, Constança Neves, Soraia Ribeiro, Rute Máximo e Diogo Campos (Estagiários da escola Secundária D. Pedro V) Assistência Geral: Selma Meira e Mariana Antão Gabinete de Produção: Rosário Silva e Carlos Bernardo
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