CURSO DE HISTÓRIA DO JAZZ FORMADOR Rui Eduardo Paes DATAS 4, 11 e 18 de Abril HORA 15h - 17h LOCAL Associação Nacional de Apoio ao Idoso - Rua Pedro Monteiro PREÇO: 40€* *Inclui entrada gratuita num concerto, no Salão Brazil PARCERIA ANAI / Universidade do Tempo Livre Inscrições através do email servicoeducativo.jacc@gmail.com São objectivos do curso de História do Jazz dar um contexto histórico e teórico à aprendizagem dos alunos, analisando as diversas tendências por que passou a evolução do jazz desde os seus inícios até ao presente, destacando as principais figuras de cada uma e os contributos que deram para o que é esta tipologia da música, bem como definindo as grelhas sociais em que aconteceram os seus períodos criativos. Dado que o jazz é desde sempre um híbrido de várias fórmulas musicais, relacionam-se as expressões tomadas com as restantes práticas do seu tempo e com os processos evolutivos que foram tomando. Em vez de “congelar” os subgéneros do jazz no passado, procura-se que estes iluminem e expliquem os recursos técnicos e de linguagem hoje utilizados. Em avaliação contínua estão as influências recebidas de outras músicas e os modos como o jazz depois as influenciou, cobrindo tanto o campo da música popular como o da erudita. Transmite-se aos alunos a noção de que, tal como em todas as disciplinas artísticas, a história do jazz é uma combinatória de movimentações colectivas e de rasgos de génio por parte de músicos individuais cuja inventividade introduziu cortes e mudanças de rumo no continuum da evolução. De tal modo que referir estilos como o stride piano, o cool ou o free bop não é um procedimento sincrónico, isolado na história, mas o identificar de elementos que continuam presentes na actualidade. Neste fluxo de eventos, esclarece-se como o jazz passou de uma condição etnicista, de carácter “folclórico”, para uma elaboração enquanto música de arte, com dimensões universais e universalistas – de New Orleans ao planeta global. Assim, são conteúdos do curso de História do Jazz: - Os primórdios do jazz no século XIX: indícios e interrogações - Blues: do campo para a cidade - Dixieland e o “som de New Orleans” - De New Orleans para Chicago, Nova Iorque e… Paris - Ragtime, stride, boogie-woogie: à volta do piano - Swing: música para dançar e música que finge dançar - A emergência do saxofone tenor: Coleman Hawkins, Lester Young, Ben Webster - Canto jazz / canto pop - Bebop: a grande revolução do jazz - Do bebop como trampolim: os “casos” Gillespie / Mingus / Roach - Cool / som West Coast: o bop relax - Third Stream: o reconhecimento da influência erudita - Hard bop: regresso à improvisação - Free jazz: a outra revolução do jazz - Jazz de fusão / rock de fusão: de Miles Davis a Soft Machine - M-Base: a outra fusão - Colagem: o “caso” John Zorn - Europa: jazz e música improvisada - Jazz português: evolução e panorâmica - Free bop: no cruzamento do hard bop e do free jazz - O futuro do jazz: indícios e interrogações RUI EDUARDO PAES Jornalista cultural de profissão com especializações em música, arte intermedia, dança e performance-arte, Rui Eduardo Paes é o editor da revista online Jazz.pt, além de curador dos festivais Jazz no Parque (Fundação de Serralves) e Festival de Jazz e Música Improvisada da Parede (Sociedade Musical União Paredense) e colaborador das editoras discográficas Clean Feed e Shhpuma e da Culturgest – Fundação Caixa Geral de Depósitos. Mantém com Marco Santos o blogue Bitaites. Realiza regularmente conferências, seminários e acções didácticas e teve actividade como professor (História do Jazz, História da Música Contemporânea, Jornalismo e Crítica Musical), na ETIC – Escola de Tecnologias, Inovação e Criação e na Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa. Escreveu nas publicações Diário de Lisboa, Diário Popular, Diário de Notícias, Independente e Expresso, entre outras. Foi co-fundador e jurado, em representação da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, da Bolsa Ernesto de Sousa. Co-fundou e co-dirigiu a associação de músicos e artistas sonoros, visuais e performativos Granular. Foi assessor de Imprensa do Teatro Nacional D. Maria II, assessor da direcção do Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian e “promo head” da distribuidora de discos MVM. Tem nove livros publicados sobre música, na sua relação com outras artes e com temáticas da filosofia, das ciências sociais e da teoria política, além de participar em quatro outros de autoria colectiva. Produziu ou co-produziu vários discos (Carlos “Zíngaro”, Duplex Longa, etc.) e teve um projecto musical, Astronauta Desaparecido.