Museu do Aljube - Resistência e Liberdade
Rua de Augusto Rosa, 42 - Lisboa Ver website
"Djidiu - A Herança do Ouvido" é um livro feito de procura... Procurámos em nós as vozes mais profundas e escondidas para dizermos o que nos assombrava, e procurámos fazer com que essas vozes ecoassem em outros como nós! A obra é apresentada por Joacine Katar Moreira, Cristina Roldão e Anabela Rodrigues, três mulheres negras que acompanham o trabalho de diferentes coletivos das comunidades negras em Portugal. Sobre a obra deixamos-vos parte do prefácio escrito pela socióloga Cristina Roldão: "É frequente que, só depois de escrito, um livro saia à rua, mas este, antes de nascer, já o ia sendo. Desde o primeiro momento, em exposição ao público, foi-se mostrando a muitos jovens negros do centro à periferia de Lisboa. Os textos e o imaginário que Djidiu – A Herança do Ouvido nos oferece foram andando de rascunho em rascunho, de boca em boca, de ouvido em ouvido nos encontros mensais Djidiu e no audioblogue Rádio Afrolis, até formarem o livro que o leitor segura agora nas mãos. Apesar de inédito no Portugal contemporâneo, e é preciso sublinhar essa originalidade, este livro inscreve-se numa herança de resistência cultural e política negra através da produção literária coletiva. (...) Tal como essas obras, Djidiu- A Herança do Ouvido reúne as vozes de diferentes poetas e escritores negros - Apolo De Carvalho, Carla Fernandes, Carla Lima, Carlos Graça, Cristina Carlos, Danilson Pires, Dário Sambo, luZGomes e Té Abipiquerst Té -, ativamente envolvidos na criação de um espaço de produção literária próprio, chamando outros coletivos negros a participar, criando textos, declamando-os, performativizando-os e expressando aquilo que tantos de nós, negros e negras pensamos e sentimos, mas não deixamos escrito em nenhum lugar, nem encontramos nos media, na política, na academia ou em outros lugares de poder. Nos textos que se seguem partilha-se e discute-se a condição subalternizada do negro e da negra no Portugal de hoje, o racismo nas instituições e no quotidiano, a necessidade de resistir e descolonizar a mente, e de como esta diáspora se liga a outras diásporas africanas no mundo e, claro, a África. Sem rodeios ou eufemismos, é uma obra politicamente comprometida, no seu processo de construção e resultado, e agora cabe-nos a nós, leitores, não quebrar essa corrente." Onde comprar o livro: Livraria Ler Devagar (LXFactory) Livraria Ferin (Chiado) Livraria Tigre de Papel (Arroios) Livraria Distopia (Sao Bento) Livraria Pó dos Livros (Saldanha)
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