Reabrimos a nossa programação em 2018 com duas exposições simultâneas a inaugurar a 9 de janeiro. Na Casa da Liberdade - Mário Cesariny estará patente a exposição FotoFonias LusoGráficas com obra fotográfica de autores do espaço geográfico da lusofonia. A mostra apresenta um significativo núcleo de fotografia que integra a Coleção Lusofonias, dedicada à arte moderna e contemporânea de países de língua portuguesa e que o Colectivo Multimédia Perve começou a reunir a partir de 1999, estabelecendo a análise dos processos artísticos operados nas comunidades que falam português e dos seus autores, muitos deles, na diáspora. Em destaque estão duas gerações de fotógrafos, representando alguns dos caminhos e visões singulares que Portugal e a Diáspora Africana encontram no campo da fotografia contemporânea, com nomes como André de Castro, Cabral Nunes, Fernando Aguiar, Fernando Lemos, José Chambel, Mário Macilau, Rodrigo Bettencourt da Câmara, Rui Simões, Sérgio Guerra, Sérgio Santimano, Subodh Kerkar e Suekí. Simultaneamente, a Perve Galeria inaugura a exposição "Emoções in-Corporadas", onde se dá a conhecer o mais recente núcleo de obras integradas no acervo da galeria e na Coleção Lusofonias. Obras de autores de diferentes gerações e oriundos de latitudes diversas que são agora apresentadas em Portugal pela primeira vez. A exposição, à semelhança do conceito da colecção Lusofonias, que lhe dá origem, tem como princípio orientador mostrar obras de artistas cuja influência e matriz africana seja evidente, sem o recurso a clichés ou exotismos que marcaram muitos autores, dificultando-lhes o acesso a uma expressão universalista e a assunção de um discurso global, algo que, ao longo dos anos, a Perve Galeria tem procurado ultrapassar. Entre as obras patentes destacam-se uma escultura em bronze de Júlio Pomar, executada durante a sua estadia na Tunísia; uma escultura Sarbari Roy Choudhury, importante e histórico autor indiano; esculturas da autora moçambicana Reinata Sadimba, numa altura em que foi lançada monografia sua, trilingue em Moçambique, que será disponibilizada durante a exposição; obras de Mapfara, notável artista-ceramista da nova geração moçambicana; obras de Teresa Balté, algumas das quais provenientes da Coleção Cruzeiro Seixas e uma importante obra deste autor surrealista, realizada a óleo, em 1941, no período inicial da sua carreira artística e ainda uma obra única em bronze, figura de vulto de Eduardo Lourenço, da autoria de Leonel Moura. Patente até 24 de fevereiro de 2018. Curadoria: Carlos Cabral Nunes.