ARTESANIA DRAMÁTICA DA ESCRITA CÉNICA Formação com Adolfo Gutkin Datas: 15 Janeiro 2018 a 12 Março 2018 (Ás Segundas-Feiras) Horas: 18h30 ás 21h00 Duração Total: 8 sessões de 2h30 cada uma Local: ATENA! Rua da Bica do Sapato 48A-B, 1100-094 Lisboa Valor da Inscrição: 200€ Contacto para Inscrições: geral@ifict.pt; 915589001; 21 403 2483 Número Máximo de Inscrições: 20 pessoas Publico-Alvo: + 18 anos; Actores; Grupos de teatro que queiram aperfeiçoar a sua formação; Docentes que incluam a prática da expressão dramática nas suas aulas; Interessados pelas artes do espectáculo, em geral, que pretendam ter uma leitura mais aprofundada da obra de arte. CONTEÚDOS DA FORMAÇÃO: 1. O Teatro como Espectáculo: Categorias; Estruturas internas e efeito sobre o público. 2. A Festa (Popular/Institucional). 3. A Cerimónia Religiosa/Política/Militar/ Social. 4. A Representação Artística:Teatro Dramático/Lírico/Dança/Artes Espectaculares. 5. Do Espaço Aberto ao Espaço Aberto: Breve história e evolução do espaço teatral. Do rito primitivo ao repertório contemporâneo. A progressiva teatralização do espaço quotidiano. 6. Géneros Estilisticos: Realistas; Tragédia Clássica; Tragédia Moderna (A Morte de um caixeiro viajante); Comédia Clássica (O Avarento); Comédia Moderna (O leque de Lady Windermere); Drama; Não realistas; Farsa; Absurdo / Trágica / Poética / Melodrama / Revista / Peça Didática. 7. A Construção Dramática: A «Fabel» em Aristóteles; O Super-Super Objectivo (Stanislavsky); A «Fabel» em Brecht; Ordenação: Progressão dramática/temática /cronológica. 8. Escrita Cénica: Dramaturgia de uma tragédia moderna (A dança da Morte, de A.Strindberg) – Práticas; O «ponto de vista do encenador/autor». 9. A equipa dos "Criadores". 10. Factores que participam na criação de um espectáculo: As suas funções; Autor; Produtor; Encenador; Dramaturgo; Cenógrafo; GuardaRoupa; Músico; Iluminador; RelaçõesPúblicas; Coreógrafo; Público; Espaço Teatral. 11. O trabalho do actor - O trabalho com actor - Práticas. 12. Técnicos da Produção: Sonoplastia; Luminotécnica; Adereços; Maquinista; Maquilhagem; Administração; Promoção/Público; Apresentação de algumas cenas trabalhadas durante o curso; Critica. ADOLFO GUTKIN (Buenos Aires, 1936) Encenador argentino e português. Iniciou-se como actor no Nuevo Teatro de Buenos Aires, onde interpretou Mãe Coragem de Bertold Brecht, Androcles e o Leão de Bernard Shaw e Leoncio e Lena de Büchner. A seguir, com Augusto Fernandes, Agustin Alezzo e Carlos Gandolfo, fundou o Grupo Juan Cristobal, que posteriormente passou a chamar-se La Mascara. Daí saiu para o Teatro Popular Bonaerense. Em 1962 fixa-se em Cuba, onde desenvolve atividade profissional como ator e estuda Psicologia. Fundou uma escola de teatro em Santiago de Cuba e o Conjunto Dramático de Oriente, que dirigiu. Ali encenou peças como A Senhora Júlia, de August Strindberg, Guernica, de Fernando Arrabal, ou O Amante, de Harold Pinter. Foi distinguido no I Festival Latino Americano de Teatro, pela direcção de O Diabo e o Bom Deus, de Jean Genet, e no Festival Nacional de Teatro de Cuba, com Una Libra de Carne, de Cuzzani. Colaborou nos jornais e revistas Columna, Cultura 64, The Crow, Casa de las Americas, Conjunto e Cronos. Em 1969 resolve viajar para Lisboa, aceitando o convite para dirigir nesse ano o Cénico de Direito, o grupo de teatro da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Aí encenou Volpone, de Ben Johnson, obtendo o Prémio da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro e o Prémio da Casa da Imprensa, como Melhor Espectáculo do Ano. Nesse ano, de regresso a Buenos Aires, põe em cena uma nova versão de Cementério de Automoviles, de Fernando Arrabal, no Teatro IFT e no Teatro Solis de Montevideo. Em 1970, de novo em Lisboa, convidado de novo pelo Grupo de Teatro da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, repõe Volponne e estreia Melin 4, novamente seleccionado como Melhor Espectáculo do Ano pela Associação de Críticos), participando com ambos espectáculos no Festival Internacional de Teatro de San Sebastian, de 1970. Torna-se membro de honra da Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Em 1970 é expulso de Portugal. Voltaria a Cuba e ao Conjunto Dramático de Oriente, participando na criação de uma nova estação televisiva, em Santiago de Cuba. Depois do 25 de abril de 1974, mais precisamente em 1978, voltou a Portugal. Passou a dirigir o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Colou os textos e encenou História de Zé e Maria, que levou aos Festivais de Teatro Universitário de Lyon, Nantes e Rennes; Iniciou nesse ano um cursos de formação de actores profissionais na Fundação Calouste Gulbenkian, que termina em 1981. Nesse ano levou a peça Homo Dramaticus, de Albert Adelach, a Dublin e a Moscovo, conseguindo o Prémio de Encenação no Festival Internacional de Sitges, em Espanha, em 1981. Em 1981 apresentou à Fundação Calouste Gulbenkian o projecto para a criação do Instituto de Formação, Investigação e Criação Teatral (IFICT), visando, entre outros objectivos, a formação de quadros culturais e técnicos teatrais para as ex-colónias portuguesas em África. Apoiado pelo Fundo Social Europeu. Funda o IFICT, em 1982. Estabeleceu-se em Lisboa, fundando o Teatro do Mundo, com sede no Teatro Aberto. A seguir, fundou outra companhia, o Teatro Maizum, onde dirigiu, designadamente, Um Jipe em Segunda Mão, de Fernando Dacosta, seleccionado pela Associação de Críticos e pela Secretaria de Estado da Cultura, para o Prémio Almeida Garrett, de 1987. Adolfo Gutkin é cidadão português desde 1994. Actualmente é director Artístico, professor e encenador do IFICT.