INTUIÇÃO Workshop com João Garcia Miguel Datas e Horários_ Dias 4,5,6,7 Dezembro; Das 19h30 ás 23h00; Local_ Escola Atena, Rua da Bica do Sapato 48A-B, Lisboa. Inscrições: sara@joaogarciamiguel.com Valor Inscrição: 220 euros Limite Inscrições: 12 pessoas INTUIÇÃO O que é que liga a Performance o Corpo e o Inconsciente? É a intuição. Como se pode aceder ao conhecimento e desenvolvimento do pensamento intuitivo? Onde se desenvolveu ele e porque caiu em desuso, ou dizendo melhor em desvalor comparativamente à vontade e ao raciocínio? Tenho procurado investigar como o corpo escreve e lê. Nos últimos tempos a intuição ¬— o sentido, a palavra, o conceito — tem surgido como uma resposta possível. Proponho experimentar, pensar, intuir em conjunto com o objectivo de desenvolver as práticas performativas. Seja do ponto de vista do fazedor com do observador. É este o desafio que proponho para estes dias. Aguardo-vos. Abraço. João Garcia Miguel, 2017. * * * * "João Garcia Miguel é um artista da globalização. O seu trabalho é uma tentativa de apresentar uma clara e limpida transcrição do que é a existência global do individuo. Da qual podemos entender: um ser conectado a outros seres em multiplos niveis, vivendo num ambiente global aberto a infinitas influencias, cada uma mais vaga que a anterior" "Ele é por isso um homem que trabalha na multiplicidade ao invés da dispersão. A sua carreira tem sido bastante atipica e pode mesmo ser, erróneamente, classificada como caotica, mas na verdade mostra-nos a constante busca por uma ímpar e rara linguagem poetica." Fred Kahn * * * * João Garcia Miguel começou a sua atividade no fim dos anos 80, ainda, estudante de pintura na Faculdade de Belas Artes de Lisboa (FBAUL), iniciando um percurso interdisciplinar, que o levou até às artes performativas, percorrendo diferentes expressões artísticas como a música, a pintura, a instalação, a performance, o vídeo, a escrita, enfrentando dogmas instituídos e quebrando preconceitos artísticos. Foi um dos fundadores dos colectivos artísticos: Canibalismo Cósmico, Galeria Zé dos Bois e OLHO – Associação Teatral, da qual foi diretor artístico entre 1991 e 2002 com o qual dirigiu diversas peças, das quais destaca: El em 1991, Zona em 1998, "Fábrica do Corpo Humano" na Porto 2001 Capital Europeia da Cultura e "DQ- éramos todos nobres cavaleiros" co-produção ACARTE em 2001. Em 2003 fundou a sua própria companhia e iniciou percurso como artista investigador e diversificando actividades, enquanto, diretor artístico, encenador, ator e artista plástico. Abriu em Lisboa, o "Espaço do Urso e dos Anjos" dedicado à formação e divulgação das artes performativas. Em 2008 foi nomeado Diretor Artístico do Teatro-Cine de Torres Vedras, um equipamento Municipal. João Garcia Miguel é artista associado do Actor's Center de Roma, Itália e do Espaço do Tempo em Montemor-o-Novo. O seu trabalho tem sido apresentado na Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Noruega, País de Gales e Senegal. Em 2008 ganhou em Espanha o Prémio FAD Sebastià Gasch. O seu trabalho caracteriza-se pela dimensão performativa, utilização de aspectos biográficos e reinterpretação de textos clássicos de autores como Brecht, Cervantes, Chekov, Jean Genet, Peter Handke, Fernando Pessoa, Shakespeare, Sophocoles, Strindberg, Gertrude Stein, Andy Warhol e Virginia Wolf. Tem colaborado com artistas e performers como Anabela Teixeira, Ana Borralho, Ana Luena, Andres Beladiez, Alberto Lopes, Anton Skrypiciel, Carlos Pimenta, Chema Leon, Clara Andermatt, David Pereira Bastos, Edgar Pêra, Francisco Rocha, Luciano Amarelo, Lúcia Sigalho, Luís Guerra, Ivo Alexandre, João Brites, João Fiadeiro, João Galante, João Melo Alvim, Michael Margotta, Miguel Borges, Miguel Moreira, Nuno Cardoso, Nuno Corte-Real, Rui Gato, Rui Horta, Sara Ribeiro, Steve Bird, Steve Denton e Tânia Carvalho entre outros. Desde 1995 que as sua peças são apresentadas regularmente nas sala mais importantes e prestigiantes do país. No CCB apresentou Disrupção em 1995, em 2000 Anoz, em 2008 As Criadas e Mãe Coragem em 2011; no TNSJ/PONTI apresentou Muda em 1997; no TeCa Zona em 1999, Ruinas em 2005, Burguer King Lear em 2006 e Filho da Europa em 2011 que também foi apresentado na Culturgest; no Teatro Rivoli e no Auditório Gulbenkian DQ em 2001; Especial Nada e Dia do Desassossego em 2002 no CAM/ACARTE da Gulbenkian; no Teatro Maria Matos apresentou em 2009 o Banqueiro Anarquista; Antígona no Teatro da Comuna; Made in Eden no Teatro da Politécnica em 2008. Tem apresentado também as sua criações em festivais nacionais e internacionais, assim como o Festival Internacional de Almada, no Festival A8, no P.O.N.T.I. no Porto, no Citemor em Montemor-o-Velho, no Festival Informelles no Theatre Les Bernardines em Marseille, no Festival Fringe em Edimburgo, no Festival de Almagro, no Festival AltVigo ou na MadFeria em Madrid entre outros. As principais características do trabalho de João Garcia Miguel é o seu gosto pelo risco, pela provocação, pela complexidade de abordagens, pela constante quebra de barreiras, pelo encantamento das maquinas, o conceptualismo barroco e o seu sofisticado sentido de humor. João Garcia Miguel conhecido também por "O urso" é reconhecido como um amigo dos anjos caídos e das mais extraordinárias manifestações artísticas. A sua metodologia é a contradição, Frequentemente se coloca em posições opostas às suas como forma de pesquisa e para o desenvolvimento de outras perspectivas estéticas. Na sua visão pessoal, o teatro tem que ser capaz de mudar o mundo interior daqueles que têm a sorte e a possibilidade de ser tocados pelas artes. O teatro têm que provocar experiencias singulares e desenvolver a impossibilidade do real quotidiano, estimulando visões e alucinações perceptivas que estimulem a espiritualidade pessoal e subjectiva.