SINOPSE
Numa sociedade em que os afetos são cada vez mais esquecidos, em que o “Ter” se agiganta, esmagando a pouco e pouco o “Ser”, torna-se imperiosa a questão: ainda haverá lugar para a Amizade no mundo contemporâneo?
Poderíamos, quiçá, categorizar, a Amizade em vários significados, mas correríamos também o risco de sermos demasiado parciais nas nossas classificações. Os conhecidos, aqueles que se cruzam, frequentemente, connosco, de quem pensamos saber os seus fracassos e as suas vitórias, mantendo com eles uma boa relação, são nossos amigos? Ou simplesmente passam fugazmente pela nossa vida de uma forma cordial (ou não)?
Quando uma guerra assola um país, uma catástrofe o arrasa surgem amigos ou instala-se apenas a solidariedade coletiva? Amizade e solidariedade não devem, a nosso ver, confundir-se.
Uma relação entre dois indivíduos baseada na posição social também não nos parece revestida de Amizade. O interesse prevalece em detrimento dos afetos.
A Amizade (e referimo-nos à verdadeira e única) é altruísta, sincera, quer o bem do outro. A Amizade é capaz de “quebrar” regras, sair à rua em pijama, porque o Outro, o Amigo está à espera daquele encontro.
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