O Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora e a Colecção B apresentam Dia 14 de novembro Brian de Palma, Vestida para matar (1980). Legendado em português. Em Vestida para matar (1980), Brian de Palma dá-nos uma soberba sequência de museu, com Angie Dickinson a percorrer as galerias do 1º andar do Philadelphia Museum of Art. Frente ao quadro de Alex Katz com que abre a sequência, a personagem de Dickinson rabisca numa agenda tarefas do dia. Venham ver quais… e acompanhá-la na visita ao museu. Auditório Soror Mariana da Universidade de Évora, 21:30. Entrada livre. Entre museus e cinema podemos encontrar relações duradoiras. O cinema vai muitas vezes ao museu, uma tendência crescente a partir dos anos 30 do século XX. Mas nem sempre com boas intenções. O museu é representado muito frequentemente como o mais perfeito local do crime, preparando para assassinar, roubar ou até para seduzir. Por exemplo, Madeleine ilude Scottie sentando-se em frente ao retrato de Carlotta Valdez no museu Legion of Honor, em A mulher que viveu duas vezes, de Hitchcock (1958). William Wyler filma em 1966 Como roubar um milhão de dólares, história de personagens glamurosas com o crime em pano de fundo, num roubo de honra em que tudo acaba bem. E Brian de Palma filma uma soberba sequência de museu em Vestida para matar (1980), com Angie Dickinson a percorrer as galerias do 1º andar do Philadelphia Museum of Art. Claro, podemos lembrar-nos ainda de O caso Thomas Crown com o seu roubo elegante (John McTiernan, 1999), de O código Da Vinci e as mortes no Louvre (Ron Howard, 2006), ou ainda de Venus (Roger Mitchell, 2006), com o velho actor Maurice (Sir Peter O'Toole) a ensaiar a sedução da jovem Jessie (Jodie Whittaker) perante Vénus na National Gallery de Londres. Se cabe aos museus separar a arte da vida, talvez o cinema tenha, com esta linhagem de crimes, procurado contrariar essa regra e trazer vida para dentro dos museus. Outros Cinemas é um projecto da Colecção B Em parceria com o Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora. Conta com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Alentejo, da Universidade de Évora, da Fundação Eugénio de Almeida, da SOIR Joaquim António de Aguiar e da Câmara Municipal de Évora.
