Mário Laginha não é o homem dos sete instrumentos, porque o seu instrumento é o piano, mas
o pianista gosta de navegar pelos muitos mundos sonoros que fazem o planeta música. Basta
espreitar para os discos que gravou com a cantora Maria João, marcados pela linguagem do jazz,
mas por onde perpassam influências que vão da música portuguesa e a clássica (sobretudo no disco
a solo “Canções e Fugas”), até à pop anglo-saxónica ou às músicas brasileira e africana, para
percebermos que estamos perante um músico que não gosta de ser catalogado em categorias
estanques.
No trio que mantém com o contrabaixista Bernardo Moreira e o baterista Alexandre Frazão, com quem
gravou até agora 2 discos, Mário Laginha mantém esse gosto pela mistura, pela diversidade e pelo risco. No
caso de “Espaço” (2007), o ponto de partida foram conceitos mais ou menos abstratos relacionados com a
arquitetura, que serviram para criar um conjunto de temas com designações próximas da linguagem dos
arquitetos e urbanistas -“Tanto espaço”, “Escada”, “Plano”, “Vazio urbano”-, de que resultou um disco
imediatamente classificado pela crítica da especialidade como do melhor jazz alguma vez feito entre nós.
Ficha Artística:
Mário Laginha – Piano
Bernardo Moreira – Contrabaixo
Alexandre Frazão – Bateria
Classificação Etária | M/6
Duração | Aprox. 60m
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