Num país que se diz de poetas, a palavra escrita poucas vezes se ouve, o que torna a nossa poesia muito mais lida que escutada. O prazer de ouvir os versos de poetas como Pessoa, Eugénio, Sena, Sofia, entre outros, é sempre um prazer quase solitário e pouco partilhado. A ideia de tertúlia como espaço íntimo, é tão caro a uma tradição bem portuguesa onde, para além de se ouvir os versos dos poetas se pode também usufruir do prazer de os dizer. O que nos propomos fazer é, a partir de uma ideia de intimidade quase familiar, percorrer alguns dos poemas que nos têm marcado ao longo de uma vida profissional. Versos que foram ditos em espetáculos teatrais, que foram lidos em consequência de necessidades profissionais e que, para além de tudo, nos são tão queridos como necessários. Será uma atitude narcísica fazer os outros ouvir aquilo que nos dá prazer? Preferimos pensar que é uma atitude solidária, partilhar com os outros os nossos próprios prazeres…
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