Dia 23 Setembro (sábado) ****Hora de concentração: 19h45 *** Hora de início: 20h15 Local de encontro e Ponto de partida: Largo do Carmo (junto à igreja do Carmo) Ponto de chegada: Largo de Santo António da Sé (junto à igreja de Santo António) Distância: 6,5 km / Duração: 4 Horas Grau de dificuldade: Alto Equipamento Sugerido: Calçado confortável para caminhar; Mochila; Água PREÇO: 10 euros por pessoa A pagar ao guia no início do passeio INCLUI: Seguro de Acidentes pessoais Guia Inscrições: Preencher formulário em "Procurar Bilhetes" OU Enviar mail para ohlisboamail@gmail.com Para efeito de seguro obrigatório de acidentes pessoais, indicar: *Nome completo *Data nascimento *Nº de CC/BI NOTA: o evento pode ser cancelado à última hora. O nosso guia: André Leitão, licenciado e mestre em História, interessa-se sobretudo pela Idade Média, tendo focado os seus estudos na História da cultura e das universidades, bem como na História da cidade que o viu nascer em 1985. CONTACTOS ohlisboamail@gmail.com www.facebook.com/ohlisboablog 960 452 371 / 937 707 314 Bairros e Colinas Lda, RNAAT Nº 594/2015 SINOPSE A cidade de Lisboa, definida pelas muralhas da cerca velha, era uma das maiores urbes do Ocidente peninsular ao tempo da sua conquista definitiva aos muçulmanos, em Outubro de 1147. Durante a Idade Média, Lisboa expandiu-se paulatinamente ao longo dos seus arrabaldes ocidental e oriental, na direcção do Tejo, articulando-se estreitamente com o rio no desenvolvimento da sua actividade comercial. É, sem dúvida, fruto desse crescimento não só geográfico como também económico que os reis portugueses começaram a passar cada vez maiores temporadas com a corte em Lisboa, evidenciando-se gradualmente a cidade como a cabeça do reino de Portugal. Com efeito, em meados do século XIII, D. Afonso III procede a obras no Paço da Alcáçova, aí instalando a principal residência dos reis portugueses até à construção por D. Manuel, já nos inícios do século XVI, do novo Paço da Ribeira, fronteiro ao Tejo (evento que marca, simbolicamente, o fim dessa Lisboa medieval que aqui pretendemos evocar). Quando, no terceiro quartel do século XIV, D. Fernando manda erguer a nova cerca fernandina para fazer face a futuras invasões castelhanas, a cidade mais do que duplica a sua área, passando a contar com mais de 100 hectares no interior do espaço muralhado. Igrejas e conventos, hospitais e gafarias, palácios nobres ou casas de gente simples erguiam-se por entre as ruas apertadas, as travessas estreitas, os becos esconsos, as calçadas íngremes ou os adros das múltiplas igrejas paroquiais que conferiam a Lisboa um ambiente pitoresco, e onde se contavam ainda dois bairros destinados às minorias étnico-religiosas do tempo: as Judiarias Grande e Pequena, que acabaram por ficar confinadas no interior das muralhas após a construção da cerca fernandina (além da Judiaria de Alfama, propínqua à Porta de São Pedro), e a Mouraria, situada imediatamente ao norte da Alcáçova, e que ainda hoje teima em manter o emaranhado de ruas e travessas tipicamente medievo. Nos dias de hoje, porém, já pouco subsiste desta Lisboa medieval, arrasada por terramotos de grande magnitude em 1356, 1531 e 1755. Neste percurso procuraremos dar a conhecer um pouco dessa Lisboa quase desaparecida, quer através dos vestígios materiais da cidade medieval (núcleos arqueológicos, edifícios ou apenas elementos arquitectónicos), quer através das referências toponímicas que chegaram até nós e que nos remetem para esse longo período de mais de mais de trezentos anos da história da cidade.