Município de Vila Nova da Barquinha
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Região especialmente heterogénea, o Ribatejo, carece de uma análise social e cultural que permita perceber a sua matriz conceptual em volta da qual a ideia de Região se estruture e desenvolva. Se a identidade cultural, seja a que nível de abrangência for, é feita de identidades múltiplas, o Ribatejo pode e deve ser visto, precisamente, como oportunidade e cadinho de análises experimentais multivalentes e diversificadas, como diversificadas são as matrizes culturais e, até sociais, em presença. Na sequência de anteriores ações, mais específicas, desenvolvidas pelo Fórum Ribatejo, o I Encontro de Cultura Popular do Ribatejo (realizado em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha) surge, agora, como necessidade de refletir o Ribatejo e dar mostra da produção teórica que os últimos anos têm permitido fazer emergir nesta região. Procura interrogar o que podemos compreender, hoje, à luz dos mais atuais e diversos conhecimentos; em temáticas como identidade, mitologia regional, trabalho, relações sociais e de género, saúde e alimentação. Com um leque temático abrangente e interpelando investigadores de áreas diversas, o I Encontro de Cultura Popular do Ribatejo visa, assim, lançar um debate que se mantém atual e que corresponde aos interesses de um número crescente de investigadores e de público: Quais as razões que sustentam, hoje, a manutenção de uma ideia de Ribatejo? Isto, numa altura em que as regiões administrativas terminaram, já, há muito e os próprios distritos (no nosso caso quase coincidentes), desapareceram igualmente. Dirigindo-se, naturalmente, a todos os profissionais das áreas da cultura e do social, assim como à comunidade científica e, em especial, aos investigadores das áreas das ciências sociais, professores dos diversos graus de ensino, técnicos culturais da administração regional e autárquica e profissionais de turismo e património. Todos os segmentos, afinal, de um público-alvo particularmente alargado. Linhas temáticas - As mitologias ribatejanas; funcionalidades ontem e hoje. - O trabalho e as relações de género na cultura ribatejana. - Terapêuticas, saúde e condições alimentares. - Identidades culturais e variabilidades num contexto de contemporaneidade. PROGRAMA: 09h30 - Abertura do Evento 10h00 - Painel 1 Moderador: António Matias Coelho Património imaterial da região de Abrantes - Associação Palha de Abrantes O trabalho e as relações de género na cultura ribatejana - José do Carmo Francisco O trabalho e as festas no mundo rural: Coruche em meados do século XX - Dionísio Simão Mendes Os curtumes e a influência no desenvolvimento local - Daniel Café 11h30 - Debate 12h15 - Pausa 12h30 - Apresentação do livro "O Povo que Ainda Canta" - Tradisom 13h00 - Almoço 15h00 - Painel 2 Moderadora: Manuela Marques A festa brava no imaginário ribatejano - Ludgero Mendes Os Avieiros do Tejo: Memórias da Chamusca e vivências de Constância- António Matias Coelho A conceção do mal e o sentido popular da cura - Aurélio Lopes 16h00 - Debate 16h45 - Pausa 17h00 - Painel 3 Moderador: Luis Nazaré O Congresso Ribatejano de 1923 e a definição da Região. Demarcação geográfica e características socioculturais do Ribatejo no início do século XX - António Pedro Manique Reconstituição e novas formas de folclorização regional com consequências na identidade do Ribatejo - Humberto Nelson Ferrão A música e o teatro em Vila Nova da Barquinha - António Luis Roldão Artesãs e artesãos: arte, ofício e identidade(s) cultural - Ana da Silva, Catarina Faria; José Manuel Soares 18h30 - Debate 19h15 - Jantar 21h15 - Sessão de Encerramento 22h00 - Atuação do Grupo de Cantares "Barquinha Saudosa" 22h30 - Encerramento Informações: 249720358 | gabriela.rodrigues@cm-vnbarquinha.pt
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