19:00 até às 20:00
Demoiselles

Demoiselles

DEMOISELLES
Les Demoiselles d'Avignon é a obra onde surgiu uma nova forma de retratar a mulher. Ao longo do tempo, veio inspirar várias artistas femininas a revelar o seu trabalho, perante uma sociedade que as queria ocultas nas máscaras do anonimato.
Demoiselles é uma exposição de 4 artistas femininas, onde se retiram as máscaras aos seus 4 percursos distintos.

LUISA CASTRO ALMEIDA
Construir é um processo que visa ocultar o próprio processo. O trabalho da Luísa nasce de uma intenção em desconstruir a obra de modo a conferir verdade a quem a observa. Esse principio rege também a "paralaxe", uma série onde, numa execução mais focada no jogo da cor, se invocam as nebulas espaciais. Aqui, a tela assume preponderância, quer através da sua textura, como através do seu contorno, onde os rasgões enaltecem a sua materialidade. O equilíbrio entre cores e o vazio branco ressurge com maior ênfase, invocando uma distância superior ao homem, matematizada através da paralaxe, procurando assumir o carácter divino na dimensão de um espaço gótico.

MARIA SOROMENHO
Maria Soromenho apresenta uma série de telas Mixed Media onde explora diferentes cores, materiais e texturas inspirados por música, embarcando no som como veiculo na busca de novas sensações visuais, que se abrem para novas experiências de pensamento. Para a artista, como que evocando o filósofo alemão Schopenhauer (1788-1860), a música não nos coloca em contacto com uma mera representação externa do mundo, mas, pelo contrário, abre-nos uma via interior para a exploração, livre e libertadora, do que há de mais essencial na existência: a inesgotável descoberta da vontade em todas as suas modulações, escondidas no mar de águas profundas do nosso inconsciente.

CECILE MESTELAN
Os fetiches de Cécile Mestelan, que se apresentam como um exército de pequenas estatuetas de cerâmica oca, assumem o seu padrão manufacturado de produto em série. Aliam nas suas formas o orgânico ao geométrico, o grotesco ao estilizado os seus modelos distintos remetem para «charmes» fetichistas múltiplos mas tirados de um banco de padrões abstratos limitados: a coluna sem fim de Brancusi ladeia Arp e Miró, numa linha de objetos funcionais saídos do Bauhaus. Na era pós-Koonsiana actual da arte mundial, a do grande retorno à relíquia anatómica tornada monumento, reprimida por uma modernidade experimental doravante esgotada, estas pequenas esculturas de cerâmica de um primitivismo minimalista descomplexado poderiam indicar uma outra feitiçaria do presente? 

RITA CARREGA
O processo de criação de uma peça de joalharia é a "jóia" em si mesma. Quando nos referimos ao produto final do trabalho de um joalheiro, não estamos só a contemplar a peça em si; mas todo o processo que levou à sua existência: desde a sua génese no pensamento à materialização na bancada de trabalho. Este é o maior valor da peça de joalharia: o esforço que quem a cria nela deposita. O facto de trabalhar para outro corpo é o que faz da joalharia um exercício de infinita singularidade, de absoluta verdade.
Para a Rita, as suas mãos são a sua cabeça em funcionamento. As palavras não lhe são tão fáceis, mas quer, com o seu trabalho, dar corpo e voz àquilo que acredita ser a joalharia do seu tempo.
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