Quando se vive em ditadura, o apoio externo de outros povos é necessário para se resistir. O 25 de Abril trouxe-nos também esse ensinamento.
Muitos foram os escritores e músicos que, antes de 74, receberam asilo político em França, um país que ajudava a denunciar as injustiças do Estado Novo.
A pressão internacional para o fim do colonialismo português deu força aos movimentos populares que lutavam para se libertarem do regime opressor.
É uma questão de solidariedade. E a solidariedade não conhece fronteiras. Nem devia nunca pôr interesses financeiros à frente de vidas humanas. Essa solidariedade é precisa agora!
Em Angola, manda-se para a prisão quem ousa falar e escrever contra o regime de José Eduardo dos Santos. Um homem que ocupa o lugar de presidente do país há mais de 36 anos.
Em Angola, a família desse presidente é detentora de inúmeras empresas, ligadas ao estado, mas cujos lucros elevadíssimos são usados para benefício próprio.
Em Angola, o povo é oprimido e mantido na pobreza, para que uma minoria viva luxuosamente, tirando partido dos recursos da Terra, que deviam ser de todos.
São muitos os sinais que demonstram a cleptocracia ali instalada, mas as vozes de descontentamento são brutalmente silenciadas.
Aproveitemos então este dia de comemoração do 25 de Abril para mostrar soliadriedade e assinalar a luta de Angola, historicamente massacrada pelo colonialismo português e actualmente refém de uma ditadura interna, mal disfarçada de democracia.
Vamos estar na rua pelos Direitos Humanos em Angola. Pela libertação dos presos políticos. Pela justiça e liberdade.
LISBOA- 25 de Abril, às 15 horas, no Marquês de Pombal (concentração junto á esquina do Montepio)
PORTO- 25 de Abril, às 15 horas na Av. dos aliados ao pé da camara.
Traz os teus cartazes, a tua voz e os teus instrumentos, desce a Avenida connosco.
Liberdade Já!
Recomendamos que confirme toda a informação junto do promotor oficial deste evento. Por favor contacte-nos se detectar que existe alguma informação incorrecta.