10:30 até às 18:00
Escola de Inverno Unipop 2015 | Europa, Movimentos e Poderes

Escola de Inverno Unipop 2015 | Europa, Movimentos e Poderes

ESCOLA DE INVERNO UNIPOP 2015
EUROPA, MOVIMENTOS E PODERES
20, 21 e 22 de Novembro
Crew Hassan | Lisboa

Com a participação de Francisco Louçã, Ricardo Noronha, Luís Bernardo, José Neves, Alexandra Lucas Coelho, Francisco Freire, Guya Accornero, Jorge Ramos do Ó, Nuno Ramos de Almeida, Nuno Rodrigues, António Pedro Dores

Crew Hassan (Rua Andrade, 8 A, Lx)

Organização: Unipop

Inscrições
Frequência fim-de-semana + um exemplar à escolha de um dos livros indicados abaixo* – 20 euros;
Frequência um dia avulso – 10 euros.

Serão fornecidos materiais de leitura prévia.

O número de lugares está limitado ao espaço disponível.

A inscrição deve ser feita por transferência bancária, através do NIB 0035 0127 00055573730 49 (à ordem de Associação Unipop), seguida de e-mail com o comprovativo para cursopcc@gmail.com.

* Livros disponíveis para escolha, com limite do stock disponível: ‘Manifesto Contrassexual’, de Paul B. Preciado; ‘Quem canta o Estado-nação’, de Judith Butler e Gayatri Spivak; ‘Direito de fuga’, de Sandro Mezzadra; ‘As palavras da História’, de Jacques Rancière; ‘A morte de Luigi Trastulli’, de Alessandro Portelli; ‘Estranhos corpos políticos’, de Diego Palácios Cerezales. (Todas as informações sobre os livros em http://www.unipop.info/edicoes-unipop.html.)

Ao longo de três dias de discussão, a Unipop propõe reflectir sobre alguns dos principais problemas políticos da actualidade e possíveis respostas. O primeiro dia será dedicado à discussão de escalas, espacialidade e mapas da política, com particular destaque para a questão europeia. O segundo dia incidirá sobre acontecimentos e movimentos populares e sociais que nos últimos anos, e em diferentes pontos do mundo, do Brasil ao Mediterrâneo, determinaram mudanças políticas significativas. O terceiro dia, finalmente, trata de equacionar os tipos e formas de poder político e os problemas a ele associados, prestando particular atenção à relação entre as esquerdas e o Estado.  

Programa

Dia 1 | 20 de Novembro | O neoliberalismo nasceu com o Euro?
O debate em torno da crise, e das possíveis respostas económicas e políticas, tem sido marcado por uma oposição entre um plano nacional e um plano europeu, mesmo se, no contexto português, esta oposição ter sido recentemente matizada com a aproximação entre PS, de um lado, e PCP e BE, do outro. Importa, assim, discutir as implicações e possíveis efeitos de cada proposta face ao actual contexto, sem descurar a sua análise histórica, questionando as possibilidades e os limites associados quer a uma opção que tenha como objectivo o regresso à soberania nacional e ao Estado-nação quer a uma opção de cariz federalista.

10h30 Abertura

11h Conferência
Limites da Construção Europeia, por Francisco Louçã (economista)

14h30 Mesa-redonda
O Euro nos limites da soberania
Luís Bernardo (historiador)
Ricardo Noronha (historiador)

16h30 Conferência
Nação, classes e indivíduo: sujeitos da história, sujeitos da política, por José Neves (historiador)


Dia 2 | 21 de Novembro | Sujeitos políticos e movimentos sociais
As rápidas alterações socioeconómicas que a crise financeira precipitou tiveram como contraponto a aparente emergência de novos sujeitos políticos. Discutindo o carácter cíclico das mobilizações ocorridas, inquirindo as suas dimensões nacionais mas também os efeitos de contágio por elas produzidos, e não deixando de olhar para as raízes históricas dos movimentos sociais, interrogamos sobre quem e o que é o sujeito político actualmente.

11h Debate
Discussão sobre o documentário de Adrià Rodriguéz KAIRÓS. The reinvention of democracy in the Mediterranean.

14h30 Mesa-redonda
Há novos sujeitos políticos pós-2008?
(Brasil, Primaveras Árabes, Europa do Sul)
Alexandra Lucas Coelho (jornalista)
Francisco Freire (antropólogo)
Guya Accornero (socióloga)

17h Debate
Discussão sobre interseccionalidade, políticas de identidade e movimentos sociais, a partir do filme The Black Power Mixtapes (1967-1975), de Göran Olsson.


Dia 3 | 22 de Novembro | Estado, política e representação
Os sucessos eleitorais, circunscritos mas significativos, de partidos como o Syriza e o Podemos, ou mais recentemente a aproximação de PCP e BE à esfera governativa, levantaram de novo a questão do papel do Estado e da possibilidade deste ser instrumentalizado a favor de políticas emancipatórias ou, pelo menos, potenciador de alternativas à gestão neoliberal da economia. Esta é, de resto, uma questão que já tinha sido colocada há mais de uma década no contexto sul-americano, com a eleição de vários governos de esquerda. Importa por isso questionar uma vez mais a possibilidade, ou não, da efectivação de uma transformação significativa das estruturas económicas e sociais hegemónicas a partir do lugar do Estado, e interrogar os modos através dos quais esse mesmo Estado se relaciona com movimentos e lutas que lhe são exteriores.

11h Conferência 
Pode o Estado ser instrumento de transformação?, por Jorge Ramos do Ó (historiador)

14h30 Mesa-redonda
Estado e transformação social
(Populismo, potência destituinte, RBI)
Nuno Ramos de Almeida (jornalista)
Nuno Rodrigues (geógrafo)
António Pedro Dores (sociólogo)

17h Debate 
Discussão sobre o videoclipe «Horas de Matar», dos Mão Morta.
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