24 de Setembro (quinta-feira) Puro Fun apresenta serão de concertos na Casa Independente: Juan Wauters (USA / Captured Tracks) Foi em Nova Iorque como leme dos The Beets que iniciou a sua militância na música. Uruguaio exilado em Queens, caso feliz de emigração pela paixão que travou pela poesia americana. Di-lo ‘N.A.P. North American Poetry’, primeiro disco que lança como Juan Wauters. Em inglês confiançudo, de humor latino na pronúncia, entregou-se a uma folk desajeitada com talento para canções. As líricas e os arranjos minimais inspirados em Daniel Johnston ou o melhor que bebeu do cancioneiro acústico-semi-eléctrico de Syd Barrett traduzem o seu carácter. Mas a história que o define sempre se pretendeu contínua. O segundo registo, ‘Who Me?’ trá-lo mais baladeiro atrevido naíve ainda. Divertido. Sempre divertido. Pouco dado a ser centro de atenções mas com presença para encher um disco de si mesmo, do seu humor, da sua voz, do próprio dia-a-dia. Em regresso à Europa, apresenta-se pela primeira vez em Portugal e em formato banda. Cola Boy (USA / Self-released) A particularidade de Matthew Urango é ser parte da banda de Juan Wauters. Se procurarem na Internet pelo nome próprio não vão encontrar mais do que demos, demos e demos espalhadas por uma página de Soundcloud e um canal de Youtube. Como Sea Lions, como Matt Urango, Vox Disco ou mais recentemente: Cola Boy. Uma espécie de rádio pirata amadora sintonizada nas paredes do seu quarto. Dali saem cançonetas exóticas, recheadas de beats em loop e de versos infantis, que nem desabafos sobre discos de Ariel Pink ou DeMarco. Pop caseira de baixa fidelidade feita de ressaca. Melodias cheesy, vozes sonhadoras à volta de uma fantasia chill wave, é o que compreende o universo de Urango. Antes de tocar como músico de Juan, apresenta-se a solo. Éme (PT / Cafetra Records) João Marcelo é uma das mais valiosas vozes-promessa de que vale a canção portuguesa. Também membro dos Passos em Volta e um dos emblemas da Cafetra, já trouxe trabalhos como 'Gancia' ou 'Último Siso', que fizeram dele um dos mais interessantes cantores folk avistados no deserto da sua geração. De nomes como B Fachada ou Zeca Afonso, entre referências da música contemporânea brasileira ou de uma América dona da palavra à guitarra acústica, Éme sorve de tudo um pouco, para criar a sua pop artesanal de tons melódicos e refinados. As canções crescem à medida que os anos passam, a sua pose em palco agiganta-se quanto mais o vemos a tocar. Todos sabemos que quando toca a solo é especial, e desta vez vai ser assim. Abertura de portas: 21:30 Bilhete: 5€