Com José Gomes Fernandes e Rui Loza Moderação: Pedro Matos Trigo
À semelhança das gentes que as habitam, também as casas se erguem sobre a genealogia que lhes é pertença. Cada edifício é uma realidade viva, pulsante, enraizada nas venturas e desventuras dos séculos que lhes moldaram as fragilidades mas, também, a perenidade. São edifícios orgulhosos de si, são Porto e são Património Mundial. Mas a narrativa de que hoje são testemunhas só é possível pela existência de pessoas que, sob a égide da reabilitação urbana, lhes deram reforçado sopro contra a extrema degradação e pobreza.
Foram estas pessoas o corpo do CRUARB – Comissariado para a Renovação Urbana da Área da Ribeira/ Barredo, criado em 28 de setembro de ‘74. A operação de reabilitação desta zona constituirá o primeiro esforço nacional nesta área de atuação; porém, tal não é indiferente ao estudo de ‘69 de Fernando Távora, que lhes serviu de orientação.
O primeiro comissário será Jorge Gigante, seguido de José Gomes Fernandes, de Manuel Fernandes Ribeiro e, finalmente, por Rui Loza.
Fernando Távora, consultor do CRUARB entre 1975-76, dará lugar a Viana de Lima, personagem essencial no que se refere ao processo de candidatura do Porto a Património Mundial. Todavia, falecido em 1991, foi substituído por Alcino Soutinho que, por sua vez, o também será por João Campos. Todos estes esforços foram satisfeitos com a inclusão do Porto na Lista do Património Mundial, durante a direção de Rui Loza, figura cimeira do planeamento urbano do Porto.
Quanto às casas – muitas sabem-no bem – é ao corpo do CRUARB que devem o ainda terem alma.
«Um Objeto e Seus Discursos» regressa no dia em que se assinalam precisamente 50 anos sobre a criação do CRUARB.
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Fonte: https://museudoporto.pt/recurso/um-objeto-e-seus-discursos-cruarb-50-anos/