CPF - Centro Português de Fotografia - Porto
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Desde o discurso de Arago que se entendeu a fotografia como processo revolucionário.
Seria demasiado o percurso por todas as utilizações da fotografia, pelo que limitar-nos-emos à utilização da fotografia em ciências sociais, nomeadamente antropologia e história. Se a primeira entendeu cedo a utilidade da imagem fotográfica, com a segunda tem sido um encontro difícil, mesmo tendo estado presente em todos os acontecimentos desde o século XIX. Cada um de nós tem um arquivo mental dessas fotografias.Sendo este o ano da comemoração dos 50 anos do 25 de abril, pretende-se revisitar as imagens desse acontecimento que, provando a importância da fotografia, têm sido alvo de várias exposições. A fotografia, enquanto processo, não só documentou outras revoluções, da Comuna de Paris, à Revolução Russa de 1917, passando pelo maio de 68 (que tanta influência exerceu em Portugal), ou pelo 5 de outubro, como foi uma arma decisiva em algumas.
Não será esquecida a manipulação da fotografia enquanto arma política, ou até os efeitos perversos que algumas imagens tiveram.O resumo da promessa de Arago era que a fotografia ia permitir conhecer o mundo.
Parece incontestável que isso aconteceu (e nem falámos das ciências exatas), Arago cumpriu a promessa.Porém a fotografia foi mais longe, como um outro autor do século XIX disse: Não se limitou a conhecer o mundo, ajudou a transformá-lo.
Não só não conheceríamos tão bem o mundo sem a fotografia, como o mundo que conhecemos seria diferente.
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