A Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins lançou o repto a Hamilton de Holanda para que o talentoso músico brasileiro se juntasse ao elenco de instrumentistas deste coletivo em três concertos na região norte de Portugal. O artista cujas atuações em solo lusitano, nomeadamente no Mimo Festival, em Amarante, em 2016, bem como no Auditório de Música de Espinho (aqui com o pianista espanhol Chano Domínguez), em 2020, foram consideradas de exceção pela crítica e pelo público, aceitou o desafio e fará uma pequena digressão no nosso país, que o levará até à Casa da Música, no Porto, no próximo dia 20 de julho, bem como ao Teatro Ribeiro da Conceição, em Lamego, no dia seguinte, 21 de julho. A Praça das Eiras, em Macedo de Cavaleiros será o espaço de atuação em que a junção deste binómio luso-brasileiro acontecerá a 23 do próximo mês. O anunciado vértice de concertos nas localidades que constituem a geografia destas récitas musicais pretende em primeira instância mostrar o imenso valor do património musical brasileiro e português, através de um diálogo pluricultural entre os dois lados do Atlântico. A validar este desígnio está o facto de o programa ter sido alvo da inclusão e de uma cuidada seleção de peças icónicas do repertório erudito e folclórico de ambos os países aqui representados, interpretados por Hamilton de Holanda e pela Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins. Tendo em conta os pergaminhos dos intervenientes, Hamilton de Holanda é um dos mais destacados nomes da world music brasileira e sul americana, universalmente conhecido, multipremiado e nesse capítulo detentor do vários grammy latinos, galardões que o distinguem enquanto bandolinista, compositor e improvisador e a OPGB – Orquestra Portuguesa de Guitarras e Bandolins que se tem vindo a afirmar no panorama europeu deste segmento das orquestras de plectro europeias. O desafio conjunto deste concerto transversal e em registo de constante diálogo pluricultural tem todos os ingredientes, neste caso os intérpretes, capazes de tornar tangível o sublinhado de constituir uma marco na agenda cultural nacional e na memória dos espetadores. Tal como no palco, espera-se que na plateia haja igual traço de união entre portugueses e brasileiros, algo que o concerto de forma espontânea e intrínseca abraça de forma fraterna e efusiva. O lado festivo desta iniciativa musical convoca assim para o efeito a vasta comunidade brasileira residente em Portugal a juntar-se aos muitos portugueses que estarão curiosos por ver esta “fusão”.
