No tempo da história da Cigarra e da Formiga, cantar não era profissão; cantava-se para ganhar a vida. Mesmo assim, pobre, Amália-Menina não foi como a Cigarra. Em vez de ir à escola, Amália-Formiga-Menina bordava linhas e palavras, palavras do mundo do fado, mas também de outros mundos sonoros e musicais, cantava os Poetas, outras vezes cantava-se a si, Amália herdeira da poesia popular de raiz oral. Silêncio que se vai contar e cantar Amália.