“Partilhar e evocar as memórias que habitam os corpos de Magnum Soares e Francisco Camacho.
Experiências diferentes, sentimentos diferentes, idades diferentes, corpos diferentes que habitam um no outro, se encaixam e se sustentam mutuamente.
O dueto de ambos toma como premissas precisamente as suas raízes e o confronto de experiências pessoais em torno dos lugares de onde vieram, por onde passaram e onde se encontram. Um brasileiro e um português, ligados também por um único continente: o africano, de onde vêm os ascendentes de Magnum e onde passou a infância Francisco. O dueto toma ainda o toque entre os seus corpos como ponto forte, o contacto entre os corpos-invólucros que habitam e a vontade de acederem mutuamente ao conhecimento de si e do outro.
Francisco Camacho e Magnum Soares partem para este projecto querendo aprofundar a relação artística e profissional que têm vindo a estreitar desde 2019. O dueto de ambos vai mais atrás ainda no tempo, debruçando-se sobre as suas raízes e as suas histórias, confrontando as experiências pessoais em torno dos lugares de onde vieram, por onde passaram e onde se encontram. Um é brasileiro e o outro português, e liga-os a um terceiro continente: África, de onde vêm os ascendentes de Magnum e onde Francisco passou a infância.
O dueto quer abarcar as suas diferenças culturais, físicas e etárias, mas para se centrar no propósito de irem ao encontro um do outro. Assim, a coreografia toma o toque entre os seus corpos como ponto forte, explorando o contacto entre os corpos-invólucros e a vontade de acederem mutuamente ao conhecimento de si e do outro. Arquitectam modos de os seus corpos habitarem um no outro, de se encaixarem e sustentarem mutuamente. Nesse movimento, desafiam-se a explorar zonas de trabalho que não são as do território habitual de um ou de outro, desafiando-se a experienciar novas modalidades performativas, para cada um e para ambos.
Partilhando e evocando as suas memórias, Magnum Soares e Francisco Camacho socorrem-se de registos familiares, seus e de outras pessoas. Há aqui um desejo de ficção, com os artistas a reescreverem as histórias pessoais e manipulando esses registos. Esta operação quer interpelar uma história escrita para lá das vontades pessoais, que não pode fugir à acção dos antepassados, aqueles ligados pelo sangue aos criadores, bem como figuras que no exercício do poder determinaram remotamente as circunstâncias das vidas de hoje.”DANÇA
ilusão teimosa.mente persistente
FRANCISCO CAMACHO E MAGNUM SOARES
20 de Julho de 2024
sábado, 21h30
> M/12 > 55 min
> preço definido pelo espectador
org. CITEMORinformações e reservas:
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