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Parsifal, uma conversa entre Pierre Lavoix e Marcos Magalhães

Parsifal, uma conversa entre Pierre Lavoix e Marcos Magalhães

A projeção de Parsifal, a adaptação integral da obra de Richard Wagner por Hans-Jürgen Syberberg, a apresentar na Cinemateca, em película 35 mm, no próximo dia 28 de junho, às 18 horas, na sala M. Félix Ribeiro, vai ser antecedida de uma conversa entre Pierre Lavoix e Marcos Magalhães, a realizar às 17 horas do mesmo dia, na sala Luís de Pina, com entrada livre.

Parsifal foi apresentado múltiplas vezes na Cinemateca desde 1986. Desta feita programado no contexto da rubrica “Inadjectivável”, com foco em obras maiores da História do cinema, o filme de Syberberg traz pela primeira vez à Cinemateca um diretor de som que trabalhou na sua banda sonora musical: Pierre Lavoix vai conversar com Marcos Magalhães, maestro dos Músicos do Tejo, à volta dessa experiência, do trabalho de som, da música de Wagner. A iniciativa decorre de uma colaboração entre a Cinemateca e os Músicos do Tejo. A conversa decorre em português.


Pierre Lavoix

Acompanhou sucessivamente a digitalização do disco, da rádio, da televisão e do cinema, envolvendo-se na organização da produção e na análise das novas funções técnicas. Um percurso continuamente marcado pela dualidade técnica e artística. Realizou inúmeros discos como engenheiro de som e diretor artístico.

“Tonmeister” e Diretor técnico da editora musical ERATO, realizou a gravação de mais de 300 discos. Em 1984, é Responsable de la Qualité à Radio France onde dirige os Diretores artísticos e os Diretores de som. Em 1998 integra a Televisão Francesa TF1 como Directeur Qualité do Groupe. Foi o promotor ativo da TV em Alta-Definição e do seu lançamento em França. Neste contexto, terá um papel preponderante como animador de encontros interprofissionais TV/Cinema/Telecomunicações, sobre os desenvolvimentos e os impactos da digitalização no mundo da televisão e do cinema.

Depois da realização da banda sonora musical do Film-Opéra Parsifal de Wagner (Hans-Jürgen Syberberg) 1981, coprodução Erato / Gaumont, organizou e supervisou na Radio France as bandas sonoras musicais dos Filme-Opéras para a Gaumont: “La Bohème” (Luigi Comencini) 1988, “Boris Godounov” (Andrzej Żuławski) 1989, “Butterfly” (Frederic Miterrand) 1996.

Desde 2009 supervisiona a gravação de produções portuguesas de CDs e a amplificação acústica de concertos clássicos em Portugal (Orquestra Gulbenkian, Orquestra Metropolitana Lisboa, Os Músicos do Tejo, Divino Sospiro...)

Pierre Lavoix gravou como tonmeister para Erato, artistas como Marie-Claire ALAIN, Maurice ANDRE, Pierre AMOYAL, Janet BACKER, Gabriel BAQUIER, Jules BASTIN, Kathleen BATTLE, Pierre BOULEZ, Montserat CABALLE, José CARRERAS, James CONLON, Michel CORBOZ, Régine CRESPIN, José VAN DAM, Charles DUTOIT, François-René DUCHABLE, Larry FOSTER, John Eliot GARDINER, Susan GRAHAM, Marilyn HORNE, Armin JORDAN, Lorin MAAZEL, Sylvia Mac NAIR, Yvonne MINTON, Kent NAGANO, John NELSON, Jessy NORMAN, Raymond LEPPARD, Alain LOMBARD, Robert LOYD, Jean-François PAILLARD, Felicity PALMER, Maria João PIRES, Heman PREY, Ruggiero RAIMONDI, Samuel RAMEY, Jean-Pierre RAMPAL, Claudio SCIMONE, Isaac STERN, Kiri TE KANAWA, Quatuor VÉGH, Helen WATT…


Marcos Magalhães, maestro e cravista

Natural de Lisboa, é o maestro principal d'Os Músicos do Tejo, tendo dirigido, entre outros agrupamentos, a Orquestra Metropolitana, a Orquestra Sinfónica Portuguesa ou a Helsinki Baroque Orchestra.

Os Músicos do Tejo, que cofundou e dirige com Marta Araújo, é um dos principais ensembles da cena musical portuguesa. Desde 2006 têm apresentado projetos centrados na música barroca, mas sempre com o objetivo de aliar uma musicalidade exigente, uma pesquisa profunda e perspetivas inovadoras desenhadas para comunicar com o público a um nível emocional intenso. Sob a sua direção, Os Músicos do Tejo já publicaram seis cd's, quatro dos quais editados pela Naxos, que têm recebido críticas entusiasmadas. Além disso, Il Trionfo d'Amore de Almeida foi finalista do Preis der Deutschen Schallplattenkritik e Il Mondo della Luna de P.A. Avondano foi indicado para o melhor álbum clássico nos prémios Play/GDA.

Iniciou o estudo do cravo aos onze anos. Após a obtenção do diploma da Escola Superior de Música de Lisboa, foi admitido no Conservatório Nacional Superior de Paris, onde estudou com Kenneth Gilbert, Christophe Rousset e Kenneth Weiss, obtendo o Premier Prix em 1999. Tem dado muitos concertos em Portugal e noutros espaços europeus e asiáticos, como maestro, solista e em produções de ópera. A sua pesquisa sobre o repertório barroco português e as óperas napolitanas encontradas em bibliotecas portuguesas levaram-no a fundar os Músicos do Tejo, um conjunto dedicado à execução deste repertório. É doutorado em musicologia e foi recentemente coautor, com Marta Araújo, de uma emissão radiofónica para a Antena 2.

No campo da ópera, dirigiu “La Spinalba” (F.A. de Almeida), “Lo Frate Nanmorato” (G.B. Pergolesi), “Le Carnaval et la Folie” (A.C. Destouches), Fairy Queen (Purcell), Dido e Aeneas (Purcell), “Il Trionfo d'Amore” (Almeida), “Guerras de Alecrim e Mangerona” (Teixeira), “Il Mondo della Luna” (Avondano) e “Paride ed Elena” (Gluck).

Os compromissos futuros incluem a gravação de mais duas óperas, a execução de um programa que mistura música carnática indiana e repertório barroco francês com o mestre Shashank Subramanian, tocando o bansuri, em Almada e Helsínquia, recital de dueto com o cravista Aapo Hakinen em Praga e um programa dedicado a Bach em Lisboa para ser transmitido pela televisão portuguesa.

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