A proposta de exposição "TEMPO – RELATIVO E SUBJETIVO" surge da necessidade de explorar e refletir sobre a complexidade intrínseca do tempo, um fenómeno que permeia todas as esferas da existência humana. Este projeto é uma iniciativa dos alunos do curso de Multimédia e do Curso de Artes Visuais, visando proporcionar uma experiência enriquecedora que transcende as fronteiras disciplinares. O tempo faz parte da existência humana desde sempre, mas será que é, sempre, objetivo e flui da mesma forma para todos? A partir do século XVIII, vários pensadores e cientistas começaram a colocar em causa convicções anteriormente inquestionáveis, como, por exemplo, a noção de tempo. O filósofo francês Henri Bergson dividiu o tempo em dois tipos: o tempo objetivo, mensurável pela ciência; e o tempo percebido ou sentido, subjetivo e não mensurável. Isto, permitiu abrir novas perspetivas, por exemplo, no domínio das artes, inspirando criadores das áreas das Artes Plásticas, da Fotografia ou do Cinema, só para citar algumas. Os primeiros anos do século XX, foram uma época de descobertas e experiências, onde a Ciência e as Artes se influenciaram e, tantas vezes, se misturaram. A Teoria da Relatividade de Einstein influenciou expressões literárias, artísticas e cinematográficas. O reconhecimento da subjetividade espaço temporal trouxe técnicas literárias como flashbacks, fragmentação narrativa, fluxo de consciência ou simultaneidade. O tempo apresenta, por isto, uma dimensão fascinante.
