18:00 até às 18:00
Exposição | “Meditando ao luar com Braamcamp Freire” autoria de José Quaresma

Exposição | “Meditando ao luar com Braamcamp Freire” autoria de José Quaresma

Exposição de pintura e instalações picturais “Meditando ao luar com Braamcamp Freire”, trabalhos da autoria de José Quaresma

Sex, 17 Mai., 18h00 – inauguração
Seg a sex, 09h30 às 18h00 I Casa-Museu Anselmo Braamcamp Freire - Biblioteca Municipal de Santarém
Patente até 14 de junho

“Meditando ao luar” com Braamcamp Freire

A interligação da minha pintura com diferentes espaços museológicos, instalando-a em Lisboa, Évora, Porto, agora nesta bela Casa de Braamcamp Freire, em Santarém, daqui a três meses em Arraiolos, futuramente noutros Museus e Casas-Museus, tem a sua ancoragem numa experimentação levada a cabo há muito tempo, nos “verdes anos” de jovem artista e estudante. Como se tem verificado pelas diversas exposições e catálogos que disponibilizo, as propostas visam sempre a apropriação criativa de obras de arte, temas, objetos, ou espaços, contribuindo para uma modificação localizada e subtil de alguns “recantos” que caracterizam estes lugares expositivos.

A entrada em museus com o propósito simultâneo de contemplação artística e de investigação (mesmo que esta se caracterize por realização de “cópias” dos artistas que nos fazem “cativos”, durante as faixas etárias propícias a essa assimilação “picada” pelo espanto), produz muitas réplicas no nosso espírito e na nossa atividade como artistas, sempre inquietos na procura de um “cais” no caudal imemorial do rio que é o elemento pictural. Desta maneira nos vamos diferenciado dos cais anteriores onde já ancorámos e instalámos cavaletes e outros dispositivos da prática da pintura, da instalação e do desenho.

Há cinco anos, em 2019, iniciei uma nova fase da minha atividade criativa, dando, porém, continuidade a uma prática artística que havia iniciado em 1978. Numa primeira fase, entre 1978 e 1981, com a necessidade de imergir “virtualmente” nos museus: o meu querido Mestre Américo Marinho, ele com 70 e eu com 14 anos, emprestava-me estampas de artistas portugueses e internacionais para eu observar, estudar e interpretar, desenhando e pintando copiosamente a partir daquelas imagens impressas, curiosamente também com a indicação para ver as gravuras de Rembrandt que a Biblioteca de Anselmo Braamcamp Freire possui. Estas imagens eram contextualizadas pelo próprio Américo Marinho, fazendo ele alusão aos Museus em que as obras se encontravam e quais tinha visto ao vivo. Numa segunda fase, entre 1981 e 1995, imergi realmente nos museus de que Marinho me falava, mas também em muitos outros de arte contemporânea. Em fases posteriores, já com muitas conquistas plásticas assimiladas, portanto, já disponível para refletir e me distanciar das referências museológicas dos primeiros anos, decidi desenvolver um trabalho inteiramente diferente, incluindo incursões na instalação artística com mediação de várias tecnologias e linguagens.

Hoje, como já referido, desenvolvo projetos específicos para Museus e Casas-Museus, tal como sucede com esta exposição, na qual podemos observar imagens que incluem uma reinterpretação gráfica de uma fotografia de grandes dimensões de Braamcamp Freire, diversas alusões a detalhes da biblioteca, incluindo uma pintura com planos de um móvel aqui existente que contém areia de Muxima (Angola), ou então, duas interpretações de uma pintura de Miguel Ângelo Lupi, Meditando ao Luar, título que enxertei na designação desta exposição.

José Quaresma

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