Desconstrução ෴ Limites ෴ Violência ෴ Norma
Habitamos uma espiral corrosiva de destruição. Observamos o corpo de forma simplista e corremos atrás da produção de um outro corpo. Este não está bom. Somos contaminados pela norma vigente que só existe no lugar da opressão. Este corpo não serve. Chafurdamos tais figuras excluídas no curral porque nunca nada é suficiente. Neste cenário imaginado, o ferro conta a sua história no corpo, dura e violenta, mas há excrementos por todo o lado e vivemos no paraíso. Através do fascínio da reconstrução do meu próprio corpo, analiso e recrio representações contraditórias do objeto que é o corpo. Torno a reconstrução do corpo, a minha musa e através dela adoto o processo ao corpo do outro. Estamos no campo da objetificação e também da problematização. Interessa-me homenagear os corpos por aquilo que são, através da sua própria história e saber. Interessa-me usar o corpo uma linguagem crua, violenta e erótica, como espelho da representatividade do corpo na sociedade, sem ser obrigada a normalizá-lo. Utopia é uma performance duracional sustentada entre a transgressão e a opressão dos limites físicos. — Diana Niepce
⤳ 27.04. — 15H00 + 28.04. — 15H00
⤳ Palácio do Bolhão (Porto)෴
In Utopia, Diana Niepce honours bodies for what they are through their own history and knowledge. Through the fascination of reconstructing her own body, the choreographer analyses and recreates contradictory representations of the object that is the body. She is interested in using the body as a raw, violent and erotic language, as a mirror of the body’s representativeness in society, without being forced to normalise it. Utopia is a performance based on the transgression and oppression of physical limits. — Diana Niepce
⤳ 27.04. — 15H00 + 28.04. — 15H00
⤳ Palácio do Bolhão (Porto)