Maria Viana é uma das maiores e mais consagradas intérpretes nacionais do jazz vocal, com uma carreira de mais de 40 anos. Desde cedo que cresceu e naturalmente se apaixonou pelo mundo das artes, tendo como grande referência o seu pai, o ator José Viana. Na sua iniciação no mundo musical integrou a primeira girl band portuguesa, Cocktail, entre 1977 e 1985. As Cocktail tiveram duas participações nos Festivais da Canção. A primeira, em 1979, na terceira semifinal deste festival. E ainda em 1981 concorreram na final do referido Festival. Paralelamente, cantava bossa nova, jazz e samba em pequenas formações com músicos amadores e profissionais. Foi em 1984 que Maria Viana decidiu enveredar por uma carreira no jazz e na bossa nova, estilos que cultiva até hoje. A sua estreia perante o público e a crítica da especialidade foi no mítico Festival Cascais Jazz (XIV edição). Participou em variadíssimos programas na RTP nas décadas de 1980 e 1990. Em 1990, passou a integrar a big band do maestro Jorge Costa Pinto, onde ainda é primeira vocalista. Ao longo dos anos 1990 e 2000 fez uma série de concertos, levando o jazz aos mais variados palcos do país e do mundo. Editou quatro trabalhos discográficos em nome próprio: Just Friends / Entre Amigos, (Timeless Records, Holanda, 1992), Espírito do Tempo (1999) e Terra Prometida (2005). Em 2010, foi editado o livro/CD de comemoração dos seus 30 anos de carreira MARIA VIANA 30 ANOS DE JAZZ (Editora Principia – Casa Sassetti). Desde 2011, Maria Viana foi convidada a assumir a presidência da Jam Session Associação Cultural (associação sem fins lucrativos), por motivo da partida dos seus fundadores, razão pela qual se dedicou, desde então, com total entrega a dirigir o Cascais Jazz Club, por onde têm passado alguns dos nomes mais importantes do jazz nacional e internacional. O que assumidamente a levou a adiar muitos dos seus projetos pessoais. Para Maria Viana, «muito mais que uma carreira, a música é um processo de vida.» Foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural do Município de Cascais no âmbito das comemorações dos 80 anos de Jazz em Cascais. A distinção de mérito cultural da câmara, atribuída por deliberação unânime, «realça o papel ativo e o seu forte contributo para a história deste género musical em Portugal». Ao longo dos anos tem colaborado continuamente com alguns dos nomes mais importantes da cena nacional e internacional (tantos que ocupariam mais linhas do que a curta biografia que agora aqui se apresenta). Como diz a crítica, «Maria consegue o impossível: fazer renascer cada tema do repertório clássico (já interpretado milhares de vezes) como se tivesse sido escrito nessa mesma manhã…» Revista Ecoutér (França). Neste novo ano que se avizinha, vem apresentar uma mudança na sua atividade musical destes tempos mais recentes, pois propõe-se a obedecer a um chamamento interior que a encaminha para voltar às atuações ao vivo em palcos que vão para além da sua constante presença em regime de exclusividade nos últimos sete anos no Cascais Jazz Club. É um bem-vindo retomar da cantora em espaços onde em ocasiões anteriores atuou e que, para benefício de todos os que se sentem elevados por música verdadeira e sem artificialidades, em boa hora irá voltar a atuar.