28 de março de 2024 | 18h00 Dia Nacional dos Centros Históricos
Carta dos valores patrimoniais do Centro Histórico de Évora Com João Santos e Eduardo Miranda
A evolução das doutrinas e práticas ligadas ao património cultural ampliaram a sua abrangência temática e espacial. Esse progresso deve ser incorporado nos Planos Municipais de Ordenamento do Território e a investigação, os estudos temáticos e a inventariação constituem a base para uma gestão eficiente do património cultural.
A gestão para a salvaguarda do Centro Histórico de Évora (CHE) deve basear-se na identificação e caracterização dos diversos valores patrimoniais, sejam eles espaços construídos ou abertos, património arquitetónico, arqueológico ou paisagístico.
A classificação da cidade intramuros, muito mais do que assinalar “apenas” a monumentalidade, assentou, efetivamente, no valor do conjunto. De facto, após o impacto inicial, percebemos que é na conjugação da “arquitetura de acompanhamento”, da gramática da arquitetura popular e das singularidades arquitetónicas e decorativas que reside a grande riqueza do espaço.
A Carta de Valores Patrimoniais do CHE surgiu como um contributo para apoiar os serviços municipais na avaliação de processos de obra particulares, designadamente na reavaliação da proteção de fachadas, baseada na clarificação de critérios (clareza, coerência, evidência) e limites físicos. O trabalho prosseguiu e abrangeu a globalidade do tecido edificado.
******************************************************************** JOÃO CARLOS LARANJEIRA DOS SANTOS Licenciado em História, Ramo do Património Cultural e Mestre em Gestão e Valorização do Património Histórico e Cultural, pela Universidade de Évora, com a tese Anta Grande do Zambujeiro: Contributo para o Processo de Classificação do Monumento. Como Técnico Superior na Câmara Municipal de Évora, tem colaborado em múltiplos projetos, destacando-se: a revisão do Plano Diretor Municipal (2003); trabalhos de prospeção Arqueológica; o Inventário do Centro Histórico de Évora; a Carta de Sensibilidade Arqueológica do CHE; o Inventário da Urbanização nº 1; o Inventário de Monumentos do CHE; a Carta de Valores Patrimoniais do CHE. Além das diversas publicações em coautoria, merecem menção: “Palácio de D. Manuel em Évora: Intervenção da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN)”. Boletim A Cidade de Évora; “Anta Grande do Zambujeiro: Apontamentos Históricos”. Boletim A Cidade de Évora.
EDUARDO MIRANDA Arquiteto urbanista, pela Universidade Técnica de Lisboa, Mestre em Urbanismo e Ordenamento do Território, doutorando em arquitetura com a tese "Os estudos morfotipológicos como instrumentos de salvaguarda da paisagem urbana histórica. O estudo do Centro Histórico de Évora." Como Técnico Superior na Câmara Municipal de Évora desde 2005, tem realizado trabalho nas áreas da conservação, reabilitação e requalificação do património, e do planeamento urbano. Foi coautor da Carta de Valores Patrimoniais do Centro Histórico de Évora. Atualmente, trabalha na Divisão de Reabilitação e Ordenamento do Território, integra a equipa de planeamento urbano e territorial, e participa na revisão do plano de urbanização de Évora, sendo responsável pela temática de História e Património.
