Contando com o baixo de Norberto Lobo, a bateria e as percussões de João Pereira e os trompetes de João Almeida e Yaw Tembe, poderiam ser uma espécie de ampliação dos Peachfuzz – constituídos pelos três primeiros – não fosse esta música ser outra, com um carácter já bem vincado. Norma para quatro músicos bem rodados que aqui se enlaçam numa música que não desdenha de técnicas herdadas do jazz – herança rica que tem sido habitat natural para Almeida, Tembe e Pereira e cada vez mais trabalhada por Lobo – mas não se detém num ruminanço canónico nem se afoga na improvisação livre. Música respirada e fluída, assente nas polirritmias de Pereira, linhas de baixo eléctrico pulsantes de Lobo, e harmonizações de sopros, com rasgos de improvisação e fogo, que não sendo fusão lembra, sim, algunss ensaios fusionistas que associamos a Chicago ali na viragem do século, de HiM a Tortoise com a sombra de Rob Mazurek a pairar, mas também Afrobeat ou uma versão redux do octeto de Steve Lehman no seu enredo orquestral mais harmónico. BS
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