Desta feita a poesia vai à galeria. Dia 25 de Fevereiro, domingo, pelas 16h, estaremos na Sala de Exposições do CCC, rodeados da pintura de José Maria Bustorff, a dizer poemas com arte dentro.
Da obra-de-arte ao ombrear-te, as cores fazem música e da música colhemos imagens. A poesia e a pintura, a pintura e a poesia, sempre andaram a par tingindo de amarelo peixinhos vermelhos. Insistimos nisto de dizer como tudo é outra coisa, como tudo pode ser outra coisa, colocando lado a lado, ombro a ombro, vozes diversas que convergem na busca de sentido para o ser aqui. Estão todos convidados e desafiados a dizer com que cores pintariam o invisível, com que sons comporiam a tela branca do sonho.
Serão lidos textos de Jorge de Sena, Sophia de Mello Breyner Andresen, Carlos de Oliveira, Mário Cesariny, Alexandre O’Neill, António Ramos Rosa, Herberto Helder, Ana Hatherly, José Ricardo Nunes, Ruy Belo, Luiza Neto Jorge, Antonio Gamoneda (traduzido por João Moita), Yvette K. Centeno, Amadeu Baptista, Al Berto, José Emílio-Nelson, Ana Paula Inácio, Miguel-Manso, Rui Almeida, Rene Ricard (traduzido por Luís Lima)… e o que mais aprouver.
Leituras pela actriz Mariana Reis e por Henrique Manuel Bento Fialho.
Mariana Reis nasceu no Porto em 1990. Colaborou em projectos que visaram a exploração da relação entre Teatro e Poesia quando ainda frequentava o Ensino Secundário. Frequentou a licenciatura em Teatro, variante de Interpretação, na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo, no Porto (2011). Concluiu o Mestrado em Teatro, área de especialização em Artes Performativas — Interpretação, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa (2014). Manteve sempre o interesse pela Poesia e a transformação do poema em cena e foi nesse âmbito que desenvolveu projectos de sua autoria, trabalhando nas áreas de Dramaturgia e Produção, além da Interpretação. Participou como dizedora em diversos eventos de divulgação de Poesia e colaborou em alguns projectos académicos. Integrará o elenco da próxima produção do Teatro da Rainha, a peça “Às duas horas da manhã”, de Falk Richter.
Henrique Manuel Bento Fialho nasceu em 1974. É licenciado em Filosofia. Desde 1997, publicou cerca de duas dezenas de livros de poesia, ensaio, contos e teatro. Tem obra dispersa por várias antologias, revistas, jornais e publicações colectivas vindas a lume em Portugal, Espanha, França, Itália e Marrocos. Foi professor do ensino secundário, livreiro e trabalha actualmente no Teatro da Rainha. As suas obras mais recentes são o opúsculo «Pedra Bruta» (Paper View, Abril de 2023) e os livros «Levedura» (Edições Húmus, Maio de 2022), «Na cama com Ofélia» (Companhia das Ilhas/Teatro da Rainha, Fevereiro de 2022), «Micróbios» (Abysmo, Outubro de 2021) e «Embate» (Medula, Março de 2021). Gosta de tocar guitarra com os Ventilan.
Para mais informações: 262 823 302|966 186 871 De segunda a sexta, das 9h às 18h, e dias de espectáculo até às 20h.