Estou num leve pensamento, numa paz compensadora
No momento em que enfrento a minha própria pessoa.
Numa nesga de sonho silvestre como as amoras
Encanta-me o olfato dos desvairados perfumes, que se misturam em transe quando se cruzam.
Num momento estou ali, presente em forma física, noutro vagueio por lugares tão mágicos que a razão desconhece.
Deixo-me levar como brisa de vento, como andorinha na Primavera que revisita os mesmos lugares teimosamente.
Como a gaivota estridente.
Como as ondas do mar que teimam em beijar, a areia fina e pálida.
Veem-me, sim.
Mas eu mesma não me vejo, sinto-me.
Sinto-me fora de onde estou.
O pensar vai longe, tão longe. É omnipresente, e inconsciente.
Não tem forma, não tem cor. Mas o quente da luz que o ilumina dá-lhe um aspeto tão suave quanto a ilusão que me absorve.
E os olhos não mentem, sentem, veem.
Eles estão distantes de tudo aquilo e tão perto do nada.
Nada para os outros seres que não entendem a luxuria de vaguear dentro de si mesmo.
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