A BESTA, AS LUAS de ELIZABETE FRANCISCA
Fortemente baseada no verso “eu não obedeço porque sou molhada”, da canção Banho, interpretada por Elza Soares, Elizabete Francisca propõe enunciar, através de gestos e sons, uma representação possível da geografia política de um corpo não submisso.
Para a Artista é urgente reivindicar um lugar de resistência, transformando possíveis fragilidades em flechas e potências. O corpo como arma política, o último reduto de qualquer experiência, um grito. De afirmação de uma individualidade, em reconciliação com a sua identidade e sexualidade: do sexo à cabeça, da cabeça ao cosmos, do cosmos ao chão. Um possível mantra para ela se manter em desequilíbrio.