"O Mestre", de Ionesco, pelo TNA (Teatro Ninguém Acredita). Com encenação de José Miguel Braga. Dias 15, 16 e 17 de Janeiro às 21h30 Auditório Sebastião Alba, Escola Secundária de Alberto Sampaio, Braga _____________________________________________ "O Mestre" é uma pequena peça de sete páginas A4, metade das quais são preenchidas com didascálias. O texto tem a marca e a data dos anos 50, numa altura em que o cheiro a gás ainda se fazia ouvir na Europa. Era também o cheiro dos mortos que pairava e via-se a memória do "Mestre" que está sempre a ser anunciado, o Mestre que vem ao longe: "O Mestre vestiu as calças" (...) Vem, Adolfo!" A tradução da peça é de Helena Barros. Foi também graças às suas traduções que em 1998 e 1999, pudemos fazer "A Lição" e a "Cantora Careca", do mesmo autor. Nessa altura éramos este que escreve e o Camilo Silva, a Helena Carneiro e o José Gonçalves, entre outros e um grupo de professores da Escola Alberto Sampaio - Amadeu Santos, Helena Barros, Domingos Barbosa e Corina Braga - os Fora d'Horas. Dezassete anos depois, regressamos a Ionesco, como se nos voltássemos a encontrar: Os actores, o texto, os colaboradores, os amigos, a família, o público. Nó somos, nestes dezassete anos depois de termos começado a estudar Ionesco na ESAS, o TNA - Teatro Ninguém Acredita. (alunos do 3º ano do Curso profissional de Artes do espectáculo - Interpretação da ESAS.) Bem-vindos a esta espécie de terra de ninguém, onde a maior das parvoíces, a sonsice e a banalidade se entretêm a manter perversamente a grande máquina do Mestre. Isso é no teatro! Cá fora... Bom, o melhor é ter cuidado: "O Mestre usa ceroulas de malha".