Entrada: 8€ Bilhetes disponíveis em: https://zedosbois.bol.pt/
Face a algumas anteriores investidas deste ciclo, esta confraria de Melo Alves com Gil Dionísio nem se afigura tão inusitada quanto absolutamente plena nas possibilidades que deixa em aberto para esta sessão. Duas figuras cuja trajectória se vai definindo com sucessivas guinadas e momentos de progressão mais lógicos num campo vasto que açambarca diversas linguagens, histórias e formas de uma certa Lisboa que palpita sem grande aparato mas com trabalho continuado. Músico capaz de circular por entre diversas realidades com igual nervo, Dionísio não tem sido senão um honesto e mui criativo agitador de múltiplas vidas e ofícios, principalmente entre a voz e o violino, a passarem pela improvisação, o rock, a revisitação da tradição popular, a festa e tudo mais que o possa mover. Pás de Problème, Criatura, os seus contos e Lenga Lendas e colaborações com artistas como Joana Guerra são alguns dos pontos cardeais que podem (ou não) ajudar a mapear os instintos deste ser que, muito recentemente, deixou nova coordenada no seu Bandcamp com “depois do sonho, só a saudade de quem nunca fomos”, longa trama para piano, assobio e polícia aos tiros com “capa” inspirada no ‘Underground’ de Thelonious Monk e que revela um lado político-social que não convém arredar daquilo e da maneira como o ouvimos. Venha o que vier. BS