Em Outubro de 2019, o nosso colega e gestor cultural Rui Matoso assinava um artigo de opinião no jornal Público intitulado A insustentável leveza do municipalismo cultural. Nesse artigo, que foi bastante discutido nas redes sociais e opinião pública, Rui Matoso citava Sophia de Mello Breyner (“Não queremos opressão cultural. Também não queremos dirigismo cultural. A política, sempre que quer dirigir a cultura, engana-se. Pois o dirigismo é uma forma de anticultura e toda a anticultura é reacionária.” – Assembleia Constituinte de 1975-1976) e questionava: “É a uma câmara que cabe a função de promover, por exemplo, um Festival Transcultural? Ou, pelo contrário, a sua função deve ser a de gerar políticas, ferramentas e condições de produção para que os atores sociais, designadamente minorias, construam um projeto participado e sustentado?”. A partir destas premissas e do texto de Rui Matoso, lançamos o debate sobre o estado da cultura na Covilhã. Qual o papel de diferentes agentes na construção de uma política cultural mais justa e que possa dar resposta às necessidades tanto dos profissionais da cultura como dos cidadãos?
Pessoas convidadas Lara Seixo Rodrigues, Curadora e fundadora da Mistaker Maker; Rui Matoso, investigador e gestor cultural; Vitor Afonso, Programador Cultural do Município da Guarda
Moderação Ana Rita Carrilho, Presidente e Docente do Departamento de Letras da Universidade da Beira Interior