“O que seria uma Polaroid teatral? Tudo começou com esta pergunta. O seu carácter imediato e instantâneo, as misturas cromáticas de que nos podemos aperceber em direto e num espaço-tempo orgânico. Tudo isto evoca uma intensa teatralidade da imagem.”
Em Polaroid, a narrativa constrói-se explorando pedaços de um álbum de família. Há certas datas que desencadeiam uma sinergia especial que, como que, polarizam um ponto focal da História. Em 2021 o pai teria 100 anos e o filho 50. Esta é uma ficção provocada pelo tempo que passa, é como o relato de alguém que tenta colar o que que está ausente nos factos, mergulhando na imagem fixa e espectral da fotografia. POLAROID habita este lapso, em que reconstituindo a imagem do pai, o filho observa e entrelaça as histórias da vida de um homem - até ao anoitecer.
Paulo Duarte é um artista português radicado em França há cerca de 30 anos cujo trabalho se inscreve no universo da marioneta contemporânea. No nosso país, o fimp tem sido um dos palcos principais para o seu trabalho. Polaroid é apresentado no fimp’23 em estreia absoluta.