Aaron Parks ainda não tem 40 anos e já baralha e dá cartas no universo do jazz. É um prodígio. Aos 14 anos já estudava na Universidade de Washington, onde se formou em Ciências Musicais e Informática. Aos 15 foi selecionado para participar no Grammy High School Jazz Ensembles. Mudou-se para Nova Iorque para frequentar a Manhattan School of Music, onde estudou com Kenny Barron. Ainda estudante foi em tournée com a banda de Terence Blanchard. Gravou três álbuns com o músico para a Blue Note. Destaque para “A Tale of God's Will (A Requiem for Katrina)”, vencedor de um grammy. O dedilhar de Parks ao piano pode ser ouvido em várias bandas sonoras de filmes, entre os quais o “Infiltrado”, de Spike Lee. Tem tocado com artistas vários como o trompetista Christian Scott, o baterista Kendrick Scott, a vocalista Gretchen Parlato, entre outros. Estreou-se na Blue Note em 2008 com “Invisible Cinema”. Depois de variadíssimas colaborações, no outono de 2013 lança a solo “Arborescence.” Em 2017, com o baixista Ben Street e o baterista Billy Hart, lança “Find The Way”. Parks encontrou realmente o seu caminho. A biografia deste rapaz nascido em Seattle não tem ponto final, por isso vê-lo no Loulé jazz será um privilégio, naquele que é um regresso ao nosso festival. Aaron Parks atuou no Loulé Jazz em 2011, em formato quarteto, e encerra a edição de 2023, a solo num concerto absolutamente imperdível.