Entre Bach e Paredes é um encontro de duas tradições musicais: a clássica e a popular. Com um novo olhar, dinâmico e fiel, André Gaio Pereira transcreveu algumas das mais famosas composições de Carlos Paredes para violino solo. Surgem assim miniaturas caracterizadas por virtuosismo e fantasia que, neste âmbito, se encontram lado a lado com a música de J.S. Bach para violino solo, alcunhada de “a bíblia” do repertório violinístico entre pares.
Curiosamente, Carlos Paredes começou o seu percurso musical com o violino e tinha a música erudita no mais alto patamar de expressão existente, considerando a sua própria música inferior a esta. Contudo, estilos musicais diferentes não são, por si só, razão suficiente para se avaliar a qualidade da expressão artística. As composições de Bach e de Paredes, embora cronologicamente distantes, partilham semelhanças e podem viver em comunhão. Semelhanças essas não apenas ao nível formal e instrumental, mas também na essência da sua mensagem artística e dos meios que a transmitem. Entre Bach e Paredes zela não só pela intemporalidade e perpetuidade da música, mas também pela união de diferentes culturas musicais através de um formato de concerto moderno, convidando o ouvinte a viajar entre diferentes universos artísticos que se unem num só.
O Festival de Sintra, este ano sob direção artística de Martim Sousa Tavares, é uma organização da Câmara Municipal de Sintra e tem lugar de 15 a 25 de junho com concertos em lugares únicos e uma programação variada que oferece sessões de cinema, dança, espetáculos para famílias e infância, palestras, workshops e outros formatos.
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