Na terceira canção do seu último disco, “Acordado ou a Sonhar”, de 2021, Jasmim vagueia sobre a ideia do que “o que a vida nos trouxe quando não estávamos a procurar”. É por isso uma só muito feliz coincidência, que não procurámos, mas de que a vida tratou de cuidar, que atue numa edição do Rádio Faneca em que se colocam os dias normais no altar que merecem. Jasmim sabe que é na rotina que estão os dias de que fala quando canta “mais um dia em que a beleza me salva”. Porque a beleza também nos vai acontecendo, e poupando, discretamente. Neste disco, mas também nos seus anteriores trabalhos, Jasmim “explora a capacidade de encontrar beleza nas pequenas coisas do dia a dia”, inspirado pelo universo do poeta Walt Whitman. À primeira vista e escuta, Jasmim parece uma espécie de trovador mitológico temporariamente dispensado das profundezas do mar, mas no fundo, que é na verdade a tona deste chão que partilhamos, é só um rapaz aparentemente normal a reclamar o direito de olhar para o mundo com mais tempo.
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