E também a 22 de novembro, no Auditório Municipal de Baião, às 21h30.
Não ter, nem “fazer ouvidos de mercador”, eis o esforço que é pedido a quem se desloca para partilhar as nossas visões-escolhas individuais, assumidas por um coletivo-proposta, necessariamente fragmentária de interpretação do mundo e das suas loucuras.
Juntar poetas, cineastas e um compositor que, tendo vivenciado a revolução russa, um momento histórico cuja importância ninguém hoje contesta, abriram simultaneamente caminhos tão novos na senda da criação que foram censurados pelo novo regime; reuni-los para consubstanciar inquietações e desejos transversais ao ser humano de que foram porta-vozes; para relembrar o papel do sonho e da arte na luta contra a morte que naturalmente virá e contra aquela que frequentemente nos querem impor; para ouvir, recordar, falar a todos de tudo o que lhes doeu e que nos aflige também, para melhor e mais atuantemente vivermos – eis os pilares que estruturam as visões que corporizámos em múltiplos e imagéticos sons.
Tendo como obra central as Visões fugitivas, de Sergei Prokofiev (arranjo para tuba e piano), apresentamos um espetáculo multidisciplinar, envolvendo a imagem como meio de reinterpretação da performance musical e viagem pelo imaginário sugerido pelas “miniaturas” que compõe esta obra.
O projeto de reinterpretação sugere também uma reorganização da coleção de peças que compõem as Visões fugitivas e todo o tratamento de imagem será um suporte semiótico desse mesmo projeto.
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