No próximo dia 31 (terça-feira), às 16 horas, terá lugar mais uma iniciativa do IEF, desta vez organizada por Marcela Uchôa, membro integrado do IEF.
Este evento decorrerá excepcionalmente no Anfiteatro 4.1 da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra - FEUC e contará com a presença dos Doutores Vladimir Safatle (USP), Boaventura Sousa Santos (CES-UC) e Marcela Uchôa (IEF-UC). A entrada é livre e todos/as serão bem-vindos/as.
O racional da sessão:
As últimas décadas foram marcadas pelo surgimento e generalização do neoliberalismo - acompanhado pelo que Boaventura de Sousa Santos tem chamado de fascismo social.
Em sequência da crise da esquerda e sua incapacidade de apresentar uma alternativa estrutural, grande parte do descontentamento social foi canalizado para novos e alguns não tão novos movimentos de direita radical - é a chamada nova direita que vai desde o neo-fascismo ao populismo de direita. Envolveu movimentos activistas como o Tea Party; MBL e um reforço eleitoral importante para extrema direita em todo o mundo. Entretanto essa nova direita chegou ao poder em vários países e ficou a dominar o debate público em toda a parte com o foco em temas como terrorismo, imigração e corrupção...
Contudo, na medida em que o populismo de direita chega ao poder, também é confrontado com os limites das instituições e perdas eleitorais.
Diante desses desafios observamos uma nova fase marcada por insurreições ou tentativas de insurreições da direita. As recentes invasões do Capitólio nos Estados Unidos e do palácio do Planalto no Brasil são seu exemplo mais claro.
Estaríamos, então, perante uma transformação da Extrema-Direita da forma que conhecíamos para um novo fascismo aberto? Qual a resiliência do Estado liberal-democrático perante essa ameaça? Terá o campo político de esquerda que ainda respeita o estado burguês força política para apresentar alternativas?