Neste terceiro álbum - com que sucede ao muito aclamado Miles Away de 2017 -, o guitarrista investiu quatro anos de trabalho e apresenta-se a explorar a sonoridade de diferentes instrumentos - não apenas as guitarras eléctrica e acústica, mas também a de 12 cordas ou a icónica guitarra metálica conhecida por dobro - para erguer um muito emocional conjunto de peças que evocam ideias de força, luta e resiliência, navegando igualmente por algumas noções contrastantes já apontadas no título: o fogo e água, a terra e o ar, elementos primordiais que aqui se traduzem em música altamente evocativa e em que a identidade funda portuguesa é explorada - como acontece em "Pulsar da Terra", por exemplo. O músico que em Inglaterra trabalhou de perto com os Incognito de Jean Paul Maunick, agora chamou Beatriz Nunes, aclamada cantora de jazz que chegou a integrar os Madredeus, para pela primeira vez adicionar vozes a composições de sua autoria. Garante Francisco que Beatriz representa a sua própria alma. Neste trabalho que o próprio compositor descreve como sendo mais cinematográfico e em que garante ter-se reinventado como compositor, a produção foi divida com Tiago Gomes.
FRANCISCO SALES – FOGO NA ÁGUA: 3 MÚSICOS EM PALCO
Ao vivo, Francisco Sales vai pela primeira vez apresentar-se em trio, assumindo ele mesmo todas as guitarras enquanto Sandra Martins assegura violoncelo e voz e Edu Mundo se ocupa de baterias, percussões e ainda dá uma ajuda em guitarras e voz. Um novo trio para uma nova música que Francisco Sales agora quer partilhar com o mundo.