Paulo Ribeiro procurou em “Rumor de Deuses” criar uma espécie de cerimónia ou celebração metafísica onde o corpo é o veículo de comunicação por excelência. A peça, que estreou em 1996, regressa aos palcos para uma remontagem com um novo elenco, constituído por jovens bailarinos recém-formados e que se espera que constituam a nova geração de bailarinos da dança contemporânea em Portugal.
Comparada a “Sábado 2”, esta peça coreográfica acaba por ser um trabalho mais contemplativo, que permitiu ao coreógrafo avançar na exploração de novos vocabulários de movimento e de construção de novas situações em que o humor se constrói.
Paulo Ribeiro explora neste espetáculo uma fisicalidade mais subtil, mas ao mesmo tempo exuberante, e assume uma estranha liberdade da alma.