Paulo Ribeiro regressa ao universo cinematográfico de “Ceci n’est pas un film” e traz novamente a palco uma viagem por imagens do passado e do futuro que sugerem a elevação do amor. Amor que se torna possessivo, exigente, dependente, desesperado, exaltado, sufocante; mas também patético, cómico, trágico-cómico, lúdico, frívolo, virtuoso, sinuoso, cabotino e esvaziado. Amor que derrapa nos fantasmas da negritude da alma e da hiperatividade como forma de exorcizar a ilusão ou a desilusão!
Sem narrativas fechadas, sem dramaturgia esmagadora, sem a obrigação de tudo perceber, esta é uma peça coreográfica que não tem a pretensão de ilustrar um filme com dança, apenas a vontade de mostrar um mundo de sentidos que são os da vida na sua configuração mais simples de se afirmar. E que em simultâneo e, indelevelmente, convocam Magritte a acompanhar-nos.
“Ceci n’est pas un film” é uma remontagem da Companhia Paulo Ribeiro.