No âmbito das celebrações do 4º aniversário da Escola TREVO DO SUCESSO, na próxima 5ª feira (18 de Setembro), às 21h45, será realizada uma aula aberta e gratuita de KIZOMBA no BARMALI, orientada pelos professores Catarina Braga e Rui Teixeira, da Escola Afro-Latin Connection / Muxima Bar (parceiro Trevo do Sucesso). O Kizomba é um género de música e dança com origem em Angola nos anos 80, através de uma banda que na altura pertencia às forças armadas populares de libertação de Angola (FAPLA), uma cultura que se estendeu mais tarde a Cabo Verde. Reconhecido como um ritmo africano, o Kizomba surge num continente com um diverso historial musical, sendo que nos anos 50 e 60 já se ouvia falar das chamadas “kizombadas”, grandes festas onde se reuniam inúmeros estilos musicais angolanos como o Merengue, o Semba, a Maringa e o Caduque. Na década de 70, essas festas passaram a ser dominadas por ritmos mais lentos, ligados sobretudo ao Semba, um estilo muito apreciado pelos jovens, que se desenvolveu numa mescla de ritmos - surgindo então o Kizomba. Em Portugal, a palavra kizomba é utilizada para reconhecer qualquer estilo de musica Zouk, mesmo não sendo angolana, no entanto, esta é uma associação errada uma vez que este género de musica provém das Antilhas do início dos anos 80. Devido às suas origens nas zonas urbanas dos Camarões, a semelhança ao Kizomba é óbvia e ambos os estilos se tornam difíceis de distinguir. Devemos ter em conta que Zouk não é o nome do estilo musical mas, devido ao desconhecimento das pessoas em relação ao crioulo, “zouk” era a palavra que se destacava, sendo que em português significa "A farra é o único medicamento que temos". O Kizomba tem outros significados – deriva da palavra Kimbundo, que significa festa; significa festa do povo, tendo o nome origem nas danças dos negros que resistiram à escravidão; congregação, confraternização, resistência; luta por liberdade e por justiça; instrumento musical, etc. Em relação à estrutura musical, o Kizomba é marcado maioritariamente por uma batida forte dada por tambor grave como o Surdo (tambor), acompanhadas por uma melodia dada por um chimbal. Na introdução e durante as bridge, a batida forte é muitas vezes omitida, ficando apenas a melodia dada pelo chimbal e pelos outros instrumentos da bateria.