Centro de Artes de Sines - Átrio | 16h30 | Entrada livre
Dar à mulher o lugar que lhe pertence na música é um tema cada vez mais atual e pertinente num mundo avesso à igualdade de género e avesso à aceitação da paridade.
Mário Mesquita disse que quando integrou o jornal República, em 1971, não havia mulheres na redação, à exceção da senhora Ermelinda que ia lá fazer o almoço para o chefe de redação. Fred Santarpia, Chief Digital Officer da Condé Nest, que comprou há poucos anos a revista especializada Pitchfork dizia que “o valor da revista provém da paixão de uma audiência maioritariamente masculina de millennials“. Num artigo de Marcus Barnes em novembro de 2020 – "Race, Representation, and Reshaping Festival Culture" – 82% de todos os artistas contratados em 2019 para os festivais mais mediáticos em escala planetária eram do género masculino. Em 2018, uma pesquisa da Universidade do Sul da Califórnia analisou 20 mil críticas de cinema. Quase dois terços foram escritas por homens brancos. As mulheres representaram 22%, enquanto as pessoas de etnias não brancas (homens e mulheres), só 18%.
No caso dos órgãos de comunicação social em Portugal em departamentos ligados à cultura e especificamente à música, o que se passa?
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