Carlos Casas (1974, Barcelona) é um artista multidisciplinar com trabalho desenvolvido nas áreas da música, cinema e artes visuais. Apresentou obras na Tate Modern, Fondation Cartier, Palais de Tokyo, Centre Pompidou, Hangar Bicocca, CCCB, GAM, Bozar, entre outros. A sua criação musical é profundamente natural, primitiva no sentido mais digno da palavra, resultado do reconhecimento do homem enquanto parte igual a todas as outras numa natureza brutal e pura. Decorre de exercícios de “corta e cose” onde sons, música e vozes recolhidas nas suas extensas viagens se misturam para criar paisagens sonoras inauditas e submersivas e onde as barreiras entre trevas e luz se diluem ao ponto de encontrarmos o sublime no terror. Com Nico Vascellari, criou a editora VON que desde 2008 se dedica a explorar relações entre as artes sonoras e visuais. Edita regularmente, na Matière Mémoire, Discrepant e Second Sleep, obras que abrangem os universos da música concreta, eletrónica, eletroacústica e ambiente. Os seus filmes foram premiados e exibidos em alguns dos mais distintos festivais (Venice Film Festival, Rotterdam International Film Festival, Buenos Aires International Film Festival, Mexico International Film Festival, FID Marseille). Estreia-se no Understage do Teatro Rivoli para uma apresentação audiovisual composta por excertos dos seus trabalhos mais recentes: de Kamana (2021), inspirado na cultura e as tradições dos Aeta, um grupo indígena da região de Zambales, nas Filipinas a Cemetery (2019), que teve o som captado por Chris Watson (Cabaret Voltaire, The Hafler Trio) e foi premiado no IndieLisboa, CPH:DOX, Milan Film Festival e Montreal International Documentary Festival.
Fonte: https://www.teatromunicipaldoporto.pt/pt/programa/understage-carlos-casas/