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Orquestra Académica • Coro da Universidade do Minho

Orquestra Académica • Coro da Universidade do Minho

O presente concerto é marcado por dois nomes distintos: J. S. Bach (1685-1750) e Gabriel Fauré (1845-1924). Do compositor alemão, talvez um dos nomes mais conhecidos do grande público, será interpretado o Concerto Brandeburguês n.º 3, pertencente a um conjunto de 6 enviados e dedicados ao Margrave de Brandeburgo, em 1721. O concerto destaca-se pela sua instrumentação original, com três violinos, três violas, três violoncelos e baixo-contínuo, denotando-se a síntese de diferentes estilos, como o italiano e alemão, por exemplo. A Suite orquestral nº1 em Dó maior, BWV 1066 foi composta em 1739, no período em que desempenhava as funções de Mestre de Capela em Cothen, ao serviço do Príncipe Leopold, constituindo um exemplo da influência francesa, assim como da italiana e alemã.
O Requiem op. 48, em ré menor, composto por Gabriel Fauré entre 1887 e 1890, foi revisto e finalizado em 1900, com diferentes versões, destacando-se a sua forma final para orquestra e coro. Trata-se de um dos grandes monumentos da música erudita ocidental, no qual o compositor, imbuído na linguagem musical francesa do final do século, opta por uma abordagem menos dramática, interpretando a morte como “uma aspiração à felicidade divina”, traduzido em momentos contemplativos e intimistas.

PROGRAMA

Concerto Brandeburguês n.º 3, em Sol Maior BWV 1048 - Johann Sebastian Bach
1- (sem indicação de tempo, normalmente Allegro ou Allegro moderato)
2- Adagio
3- Allegro

Requiem op.48, em Ré menor - Gabriel Fauré
1. Introitus e Kyrie
2. Offertorium
3. Sanctus
4. Pie Jesu
5. Agnus Dei e Lux Aeterna
6. Libera me
7. In Paradisum

Notas ao programa
Os seis Concertos Brandeburgueses, intitulados Six Concerts avec plusieurs instruments, de J. S. Bach (1685-1750), foram enviados ao Margrave de Brandeburgo em 1721, e a ele dedicados, com o intuito de mostrar a sua capacidade como compositor a fim de tentar ali, possivelmente, um cargo. Os concertos apresentam diferentes instrumentações, com uma conceção solística exigente para os instrumentistas. Todavia, o Margrave não contratou o compositor e o manuscrito apenas foi redescoberto e interpretado muitos anos depois, e publicado em 1850.

O Concerto n.º 3 em Sol maior, o mais curto e mais conhecido, assume grande originalidade na sua instrumentação, com três violinos, três violas, três violoncelos e baixo-contínuo. Ao nível estilístico, encontramos a síntese de estilos que caracterizam parte da sua obra, em particular o gosto italiano, que tanto o cativava. No primeiro andamento os solistas surgem agrupados por instrumentos, num tom mais majestoso. O segundo andamento, Adagio, é composto por dois acordes, cabendo aos músicos completar uma cadência improvisada. O último andamento é um Allegro pleno de vigor, seguindo a divisão dos solistas como no andamento inicial.
Também de Bach, a Suite orquestral nº1 em Dó maior, BWV 1066 foi composta em 1739, no período em que desempenhava as funções de Mestre de Capela em Cothen, ao serviço do Príncipe Leopold. A obra sintetiza estilisticamente elementos franceses, italianos e alemães. A influência francesa é óbvia através dos títulos dos sete andamentos, sendo também traduzida musicalmente, por exemplo no estilo majestoso da abertura com os ritmos pontuados seguida de uma secção em estilo fugado, mas onde surge também a influência italiana, sobretudo do concerto. Nos restantes andamentos, encontramos várias danças adaptadas do contexto da corte francesa, algumas emparelhadas, com exceção da Allemande. Destaca-se em particular o uso instrumental que reflete, em algumas danças, a influência italiana, com a oposição de naipes, assim como alguns andamentos com maior destaque para os sopros ou apenas para as cordas (Minuette II).
O programa termina com a mais conhecida obra de Gabriel Fauré (1845-1924), o Requiem op. 48, em ré menor, composta entre 1887 e 1890, tendo sido revista e finalizada em 1900. A primeira versão da obra intitulava-se “um petit requiem”, com 5 andamentos, nomeadamente Introït et Kyrie, Sanctus, Pie Jesu, Agnus Dei e In Paradisum, e foi estreada em 1888, na igreja de Santa Maria Madalena, em Paris. Na supracitada revisão, foi acrescentado o Offertoire, e o Libera me. A obra completa inclui assim 7 andamentos correspondentes às partes da Missa dos defuntos, com exceção do Dies Irae e a inclusão do In Paradisum. Esta escolha marca a perspetiva pessoal e íntima do compositor perante a morte, procurando dar maior ênfase à paz eterna alcançada do que ao sofrimento. Denotamos, nas várias secções, momentos nos quais a orquestra procura um registo mais intimista e contemplativo, numa conceção harmónica em linha com a linguagem musical do fim de século francês. Em alguns momentos o compositor experimenta uma maior carga emocional, como no Sanctus. Segundo as suas próprias palavras: “[...] é assim que vejo a morte: como uma libertação feliz, uma aspiração à felicidade divina, e não como uma experiência dolorosa.”

César Viana

César Viana teve como principais mestres de composição Christopher Bochmann e Constança Capdeville. É também diplomado em flauta de bisel e Ciências Musicais. As obras de Viana integram as programações de numerosas instituições culturais de referência, e entre os intérpretes de sua música de câmara estão grandes solistas do panorama internacional. Como director de orquestra, gravou para EMI classics, BMG, Philips, RCA, Strauss, Xerais e Bajja, e foi maestro convidado em várias orquestras internacionais.
Como diretor ou instrumentista de flautas antigas, shakuhachi e oud, a sua atividade vai da música medieval ao jazz e música contemporânea, da flauta shakuhachi japonesa à gaita de foles mirandesa, do barroco à música árabe e sefardita... Todas essas referências contribuem para enriquecer seu universo musical, e têm uma clara influência nas suas composições.
César Viana foi durante muitos anos professor do Conservatório Nacional, assessor artístico e maestro convidado da Orquestra Metropolitana de Lisboa, director artístico do Centro de Artes de Belgais, autor de programas radiofónicos em Antena 2 (Portugal) e Radio Clásica (Espanha) e membro do Conselho de Administração do OPART. Atualmente é professor nos cursos de Licenciatura e Mestrado do Centro Superior Katarina Gurska, em Madrid.

Sandra Azevedo
(Soprano)

Sandra Azevedo, natural de Guimarães, iniciou os seus estudos musicais sob orientação do seu pai. Com cinco anos de idade, ingressou na Academia de Música de Barcelos e mais tarde, com oito, no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Braga. Nesta instituição finalizou o 5.º Grau de Piano e concluiu o Curso Complementar de Canto.
Frequentou a Licenciatura em Canto na Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), na classe do professor Rui Taveira. Trabalhou com Alan Wodbridge, Elisabete Matos, Isabel Alcobia, Mário João Alves, Paulo Ferreira, Sara Braga Simões, Simon Carrington, Vítor Lima e participou em masterclasses com Job Tomé, Susan Watters e Ulrike Sonntag. Como solista trabalhou com os seguintes maestros: Andreas Stoehr, Antonio Saiote, Artur Pinho Maria, Jonathan Ayerst, Ricardo Campos, Vasco Silva de Faria e Vitor Matos.
Colaborou em diversas obras como a “Paixão segundo São João”, “Oratória de Natal” e “Magnificat” de J. S. Bach e “Litaniae Lauretanae” de W. A. Mozart como membro do Coro de Câmara da ESMAE, dirigido por Barbara Francke. Participou, também, no “Te Deum” de M. A. Charpentier, com a Orquestra Sine Nomine sob a direção de Artur Pinho Maria. Foi solista em “Dona Nobis Pacem” de R. Vaughan Williams, acompanhada pela Orquestra Sinfónica da ESMAE, dirigida por Andreas Stoehr e na Cerimónia de Encerramento de Guimarães - Cidade Europeia do Desporto, acompanhada pela Orquestra Juvenil de Pevidém cuja direção esteve a cargo de Vasco Silva de Faria. Fez parte de vários elencos nas óperas “Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny”, “Sete Pecados Mortais” e “Ópera dos Três Vinténs” de K. Weill e interpretou a personagem Diana em “Orfeu nos Infernos” de J. Offenbach. Foi solista no l festival de Canto Lírico de Guimarães sob direcção de Vitor Matos. Assumiu a Direção Artística e Musical dos musicais “A Bela e o Monstro”, “A Lenda das Três Árvores”, “Música no Coração”, “O Fantasma da Ópera”, “Os Palhaços” e “Rei Leão”. Integra vários projetos musicais, tais como: Art Lumen, AVE, Capella Duriensis e GuimaChoir.
Atualmente leciona as disciplinas de Canto e Classe de Conjunto na Academia de Música Comendador Albano Abreu Coelho Lima e no Conservatório de Guimarães - Polo de Vieira do Minho. Nas mesmas instituições acumula a função de Maestrina do Coro de Câmara de Pevidém e do Coro Juvenil de Vieira do Minho. É membro fundador do TetrAcord’Ensemble. Actualmente frequenta o curso de Direção coral na Universidade do Minho.

Rui Silva
(Baixo Barítono)

Natural da Póvoa de Varzim, é Mestre em Ensino da Música - Especialização em Canto, obtido com excelência, no Conservatório Superior de Música de Gaia, na classe da Prof. Fernanda Correia. É docente da classe de Canto e Diretor Artístico e Musical do Coro Juvenil Pró-Música, EMPV, e Diretor Musical do Coro CCM, CCM/Artave. É membro da Comissão Executiva e Diretor de Produção do Festival Internacional de Música da Póvoa de Varzim. Trabalhou aperfeiçoamento vocal e repertório com o Maestro Marc Tardue.
Tem-se apresentado como solista em inúmeras Óperas, Oratórias, Galas e Concertos em salas de espetáculos e outros espaços de relevância do panorama nacional e internacional. Interpretou variadíssimos personagens das mais renomadas Óperas, tais como: Dulcamara, “L’Elisir d’Amore”, Donizet- ti; Fauteuil, “L’Enfant et les Sortilèges”, Ravel; Uberto, “La Serva Padrona”, Pergolesi; Rei, “El Gato con Botas”, Mont- salvatche; Colas, “Bastien und Bastienne”, Mozart; Sarastro, “A Flauta Mágica Mozart; Leporello e Don Giovanni, “Don Giovanni”, Mozart; Morales e Escamillo, “Carmen”, Bizet; Father, “Sete Pecados Mortais”, Kurt Weill; Salieri, “Mozart e Salieiri”, Rimsky-Korsakov; Gremin, “Eugene Onegin”, Tchaikovsky; Ferrando, “O Trovador”, Verdi; Balthazar, “Amahl e os Visitantes da Noite”, Menotti; Don Basilio, Fiorello e Ufficiale, “O Barbeiro de Sevilha”, Rossini; Taddeu de Albuquer- que, “Amor de Perdição”, J. Arroyo; “Brundibár”, Hans Krása; Il Gran Ministro, L’orafo e Il Genio della Lampada, “Aladi- no e a Lâmpada Mágica”, Nino Rota; Don Inigo Gomez, “L’Heure Espagnole”, Ravel; Simone, “Gianni Schicchi”, Pucci- ni; Pessimista, “A Coragem e o Pessimismo”, Jorge Salgueiro; “Irene”, A. Keil; “As Bodas de Fígaro”, Mozart; “Dido e Aeneas”, Purcell...
No campo da Oratória, foi solista em imensas obras, das quais se destacam: “Missa da Coroação”, Mozart; “Missa Brevis in G”, Mozart; “Requiem”, Mozart; “Requiem”, D. Bomtempo; “Requiem”, Donizetti; “Magnificat”, Pergolesi; “Magnificat”, Bach; “Stabat Mater”, Dvorák; “Missa op. 147”, Schumann; “Missa de Natal Checa”, Jakub Ryba; “Te Deum”, Bruckner; “Via Crucis”, Liszt; “Stabat Mater”, Rossini; “Ein Deutches Requiem”, Brahms; “Stabat Mater”, Cal- dara; “Missa Mib”, Schubert”; “Passio”, J. Elsner; “Requiem”, Verdi; “Stabat Mater”, Haydn; “Te Deum”, Charpentier; “Messa di Gloria”, Puccini; “Missa op. 86” e “Fantasia coral”, Beethoven...Cantou sob a direção de prestigiados Maestros, de renome nacional e internacional.
No âmbito da direção artística e musical: estreou em Portugal a obra “Requiem for the Living”, Dan Forrest, em 2016; dirigiu “Requiem”, Fauré; “Requiem”, Rutter; “Missa Festiva”; John Leavitt; “A Little Jazz Mass”, Chilcott, “Magnificat”, Kim Arnesen...
Participou em diversos Masterclasses, com grandes nomes do panorama lírico nacional e internacional. Foi galardoado no Concurso Nacional de Canto Luísa Todi e no Concurso Internacional de Canto Montserrat Caballé. Foi convidado a integrar o Estúdio de Ópera do Teatro de Nuremberga, Alemanha.
Frequentou o curso de Teologia, UCP - Braga, e o curso de Direito, UL - Porto.
Futuros compromissos para 2022, no âmbito operático, compreenderão as estreias: Zaccaria, “Nabucco”, G. Verdi; Angelotti, “Tosca”, G. Puccini e Mustafà, “L’Italiana in Algeri”, de G. Rossini.

Orquestra Académica do Departamento de Música
Universidade do Minho

I Violinos
Sara Mata
Alexandre A.
Teresa
Francisco P.
Beatriz
Francisco M
Joana
Daniela.

II Violinos
Afonso
Renata
Laura
Alexandre C.
Iara
Maria Inês
Teresa

Violas
Rita Costa
Marisa Moreira
Carolina Palha
Cristiana Barreiro
Juvânia Munguambe

Violoncelos
Luís Nogueira
Henrique Rocha
Beatriz Figueiredo
Leonor Van Zeller

Contrabaixos
Daniel Gomes
Gonçalo Lopes
José Luís Miranda

Flautas
Margarida Lima
Pilar Santos

Clarinetes
Rui Guise
Sara Pereira

Fagotes
João Flores
Beatriz Ferreira

Trompas
Sofia Faria
Carlos Castro
Ricardo Costa
Bruna Freitas

Trompetes
Bruno Almeida
José Amado

Trombones
Francisco Silva
João Fernandes
Agostinho Pena
Francisca Silva

Tímpanos
João Pedro Pinheiro

Harpa
Eleonor Picas

Coro do Departamento de Música
Universidade do Minho

Agostinho Cruz Pena
Ana Bárbara Francisco Gabriel
Ana Beatriz Nunes Barbosa
Ana Catarina Fernandes Silva
Ana Elisa Silveira Araújo
André Madureira Coutinho
Bárbara Quitari Quintela Godinho
Beatriz Moreira Ferreira
Beatriz Rodrigues da Silva Santos
Bruna Liliana Teixeira Freitas
Bruna Penha Ribeiro
Bruno Martino Lopes Martins
Bruno Pinheiro Almeida
Carla Marina Fernandes Pereira
Carlos Manuel Estrela Castro
Cátia Filipa Pereira da Conceição
Diana Filipa Nunes Peixoto
Dinis Cunha Andrade
Eduardo José Ribeiro Rodrigues
Eugénia Matos Cunha
Fátima Daniela Pereira Baptista
Flávio Costa Rodrigues
Francisca Ferreira Pinto de Paulo
Francisca Sousa Lima
Horácio Soneha
Inês Duque Rocha
Jael Anaide Silva Cohen
Jéssica Vicente Marquez
João Guimarães Salgado Almeida
João Pedro da Silva Pinheiro
Joel Dias Ferreira
José Adriano Castro Coimbra Amado
José Carlos Machado Cancela
José Pedro Magalhães Vieira
Juvânia Ércia Munguambe
Madison Dias
Mafalda Ferreira Murta
Margarida Ribeiro Lima
Miguel Pires Santiago
Pedro António Silva Neto Nogueira
Pedro Dinis da Rocha Meireles
Pedro Filipe Peixoto Torga Teixeira
Pilar Sales Patrício dos Santos
Rafaela Enes Araújo
Renato Filipe Carvalho Mendes
Ricardo José Alves da Costa
Ricardo Marinho Rodrigues
Ruben Miguel Silva Oliveira
Rui Jorge Ribeiro Guise
Rui Paulo Carvalho Loureiro
Tiago André Araújo Campos Carvalho
Tiago Filipe Neiva Fernandes Pereira
Verónica Ryadina
Yuri Martins Maciel

Fonte: https://em.guimaraes.pt/agenda/geo_evento/orquestra-academica-coro-da-universidade-do-minho
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