“The language of flowers”, é um projeto que nasce pelas mãos da artista anglo-portuguesa Jacqueline de Montaigne, e é apresentado e produzido pela Because Art Matters. Um projeto de arte pública, que começa com a pintura de um mural de 14 metros, no centro de Lisboa, e culmina com a continuidade do tema e estética do mesmo, aplicado a 19 obras de arte originais apresentados numa exposição a solo. As 19 obras serão apresentadas ao público numa exposição a solo temporária, de entrada gratuita, que pode ser visitada de 8 a 17 de Abril das 15h às 20h, com inauguração a 7 de Abril das 18h às 21h, no Largo Hintze Ribeiro Nª 2b, em Lisboa. Com o tema - “The language of flowers” - a artista pretende trazer uma mensagem que celebra, acima de tudo, o amor, nas suas mais variadas formas. Inspirando-se na antiga tradição vitoriana da Floriografia (linguagem das flores) para um trabalho com uma abordagem clássica num contexto moderno, e que transporta a natureza para um cenário urbano, sob a forma de um mural com foco em 10 flores específicas. Flores, que eram utilizadas para partilhar uma mesma mensagem - a de um amor sem restrições. A floriografia (linguagem das flores) é uma forma antiga de criptologia que usa flores como forma de comunicar mensagens que de outra forma seriam restritas ou difíceis de falar em voz alta. A floriografia foi registrada ao longo da história, sendo mais popular na Inglaterra vitoriana (1837-1901) e nos EUA durante o século 19, onde flores, plantas e arranjos florais específicos foram usados para enviar mensagens codificadas que a etiqueta vitoriana considerava inaceitável compartilhar abertamente. Munidos de dicionários florais, os vitorianos frequentemente trocavam pequenos "buquês falantes", que podiam ser usados ou carregados como acessório de moda, mas, mais importante, para fazer uma declaração. O apelo desse tipo de comunicação permitia a capacidade de negar qualquer envolvimento. Quase todas as flores têm múltiplas associações listadas nas centenas de dicionários florais escritos desde o início de 1800 com detalhes sobre maneiras de decifrar a cor, a quantidade e o arranjo das flores - mas surgiu um consenso de significado para a maioria das flores, que geralmente vem de a aparência ou comportamento da própria planta. A floriografia ainda é usada na sociedade moderna, onde flores específicas são escolhidas e dadas para retratar sentimentos e simbolizar um status ou evento. JACQUELINE DE MONTAIGNE é uma pintora, muralista e artista de paste-up, anglo-portuguesa, cuja arte figurativa dramática, infundida de natureza, pode ser encontrada em galerias internacionais e na proeminente cena de arte de rua da Europa, onde o uso de técnicas clássicas de douramento num contexto urbano se tornou a sua mais reconhecida imagem de marca.