Músico britânico estará de regresso esta sexta-feira (dia 18, 21h30m) a Portugal para o primeiro de quatro concertos, com Milkteeth na bagagem e, quem sabe, algumas surpresas… Chega de um concerto nos Países Baixos, depois de outros que o levaram à Alemanha, Suíça, Itália e França, em apenas nove dias. Neste regresso que passará por quatro cidades (Porto, Braga, Coimbra e Lisboa), o cantautor britânico Douglas Dare recupera em Portugal as plateias que a pandemia subtraiu aos planos de promoção do seu último álbum, Milkteeth (2020). Após a incursão lusitana, que começa no M.Ou.Co. (esta sexta-feira, às 21h30m) - o mais recente espaço cultural da cidade do Porto -, a música de Douglas Dare segue em tour para a Bélgica e o seu país natal. Pop clássica minimalista, música de vanguarda… a dificuldade em catalogar a identidade artística de Douglas Dare conduz muitos a compará-lo até a nomes como Thom Yorke e James Blake. Seja como for, as sonoridades de Dare fluem amiúde entre linhas de piano, harpejos e letras que falam da inocência infantil, das vulnerabilidades próprias da juventude e de outras experiências simples da vida, com letras deliberadamente despojadas, mas bem familiares, desde a primeira escuta. Com frequência sob a cadência de baladas “para as novas gerações”, como alguns as veem. As músicas são, a cada tema, “elegantemente temperamentais”, graças à voz assombrosa de Douglas Dare. Cada vez mais confiante e confortável com a sua identidade, o artista criou neste último trabalho o seu LP mais íntimo, onde nos confessa, de uma forma minimal, todas as alegrias e tristezas. E por onde perpassou, inclusive, o contexto pandémico, que lhe aguçou o engenho para algumas das videografias de suporte a um ou outro tema… A carreira de Douglas Dare é ainda relativamente curta, mas está em fase de ascensão. Contempla até alguns momentos bem especiais. Entre eles, a reinterpretação do tema “Dance Me To The End Of Love”, em 2017, após convite para a exposição sobre Leonard Cohen “A Crack In Everything”, no Contemporary Art Museum of Montréal. Sem esquecer o convite feito pelo músico e compositor Robert Smith (The Cure), para atuar no Meltdown Festival, no Southbank Centre, em 2018. E, ainda, em 2019, a atuação no Manchester International Festival, em conjunto com a Anna Calvi, a convite do realizador de cinema e compositor David Lynch. M.Ou.Co. “Stay. Listen. Play”… Agenda musical da Sala M.Ou.Co. • 18 de março - Douglas Dare, 21h30m, Sala M.Ou.Co., 15 € • 19 de março - DJ SET Helena Guedes, 20 horas, Bar M.Ou.Co., evento gratuito • 26 de março - DJ SET Alex Moon, 20 horas, Bar M.Ou.Co., evento gratuito SOBRE O M.Ou.Co.: M.Ou.Co. é o acrónimo de Música e Outras Coisas. Localizado no coração da cidade Invicta, mais precisamente na zona do Bonfim, este é o primeiro hotel do País com um conceito multidisciplinar e assumidamente dirigido para o mundo musical. Com 41 estúdios e 21 quartos (repletos de evocações artísticas), restaurante, bar, piscina, esplanada e jardins, o complexo ocupa um total de cerca de cinco mil metros quadrados e assume-se como um espaço cultural de eleição. Para dar expressão máxima àquele que é o seu claim - “Stay. Listen. Play” -, o M.Ou.Co. dispõe de uma sala de concertos, três salas de ensaios, uma musicoteca, um espaço de saúde e bem-estar do músico e… uma infinidade de pormenores distintivos que convidam a uma descoberta prolongada e a uma experiência hoteleira repleta de sentido(s). O espaço aposta numa programação própria, que dá destaque a projetos musicais de relevo, tanto nacionais como internacionais. Tal como uma banda sonora, todos os seus cantos e recantos respiram histórias. E os animais também são bem-vindos.